A confiança dos empresários do varejo catarinense atingiu, em setembro, o patamar mais baixo dos últimos quatro anos. No mês, o indicador ficou em 93,6 pontos, uma queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. É também o pior número desde maio de 2021, em plena pandemia de Covid-19, quando o índice registrou 88,5 pontos.
O indicador segue em tendência de queda em Santa Catarina desde novembro de 2024 e está, atualmente, quase 20 pontos abaixo da média histórica, de 112,7 pontos. Além disso, o resultado catarinense ficou abaixo da média nacional, que fechou setembro em 97,2 pontos.
Apesar do cenário negativo, há sinais de otimismo para os próximos meses. O índice que mede as expectativas futuras subiu de 114,9 pontos para 117,9 pontos. Entre os subindicadores, houve melhora nas perspectivas para a economia brasileira (+0,6%), para o comércio (+4,2%) e para as próprias empresas (+2,7%).
Segundo o presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, o resultado indica que o momento de maior pessimismo pode estar ficando para trás. Ele afirma que o setor vem enfrentando dificuldades no segundo semestre devido à combinação de juros elevados e inflação acima da meta.
“A restrição ao crédito afeta diretamente o varejo. Mas temos razões para acreditar que o pior está passando. Precisamos ficar atentos aos resultados dos indicadores nos próximos meses, porém esperamos alguma melhora. Vale lembrar também que tivemos um primeiro semestre muito bom, acima até das nossas expectativas no começo do ano”, relata Dagnoni.
A intenção de investimentos caiu 5,1% na comparação anual, atingindo 103,3 pontos. O recuo foi mais acentuado entre as empresas de maior porte (-1,9%). Apesar da queda, o resultado ficou apenas ligeiramente abaixo da média histórica, de 105,1 pontos, e acima da média nacional, que foi de 99,6 pontos.
Fonte da Informação | OCP NEWS/Pedro Leal
