10 milhões de brasileiros têm algum grau de surdez, saiba como detectar os sinais iniciais

Especialista do maior hospital de otorrinolaringologia da América Latina ensina a mapear os sintomas da perda de audição.

Segundo uma pesquisa recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 5% da população brasileira apresenta alguma deficiência auditiva, o que corresponde a cerca de 10 milhões de pessoas. Destas, 2,7 milhões têm surdez profunda, ou seja, não escutam nada.

Mas como detectar os sinais iniciais de perda auditiva? Para o médico Paulo Mendes Junior, especialista do Hospital Paranaense de Otorrinolaringologia (IPO), maior do segmento na América Latina, um dos sintomas iniciais é não entender o que os outros falam. “Existe uma dificuldade de compreender as falas. As pessoas conversam ouvindo e lendo os lábios, é um sistema complexo”, afirma.

Existem várias causas para a perda de audição, e um exame chamado otoscopia detecta se a perda existe ou se é algo comum, como acúmulo de cera no ouvido. Problemas como congestão nasal podem causar também a surdez e uma audiometria consegue mapear o que está acontecendo.

A audiometria consegue identificar se existe uma dificuldade real de escutar, se atinge os dois ouvidos, qual a frequência de perda auditiva. “Normalmente se perde a audição nos tons agudos, onde a pessoa escuta, mas não entende o que é falado”, conta.

Dependendo da perda auditiva, dois procedimentos podem ser feitos, como uma cirurgia em casos de otoesclerose, ou, se for acúmulo de secreção (como nos casos do nariz que vai para o ouvido), uma limpeza já é eficaz. “O aparelho de audição é recomendado em diversos casos, mas não caracteriza uma surdez total. Lembrando que um longo período sem tratar a perda auditiva pode ocasionar em problemas cognitivos, e até mesmo complicar o dia a dia ao não ouvir um celular, uma buzina, enfim, traz transtornos para a rotina da pessoa”, diz.

Hoje, os aparelhos estão muito modernos, alguns até se conectam ao celular, com diversas opções de tamanho. “Não é mais como antigamente em que os modelos geravam até um desconforto. Eles estão cada vez mais compactos, tecnológicos e eficientes”, completa Paulo Mendes Junior.

Fonte:

Eduardo Betinardi

P+G Trendmakers

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