Parlamento Indígena do Brasil e Embrapa lançam curso inédito em apoio a reflorestamento em territórios indígenas

Curso EaD “Semeando Florestas em Terras Indígenas” será lançado numa parceria do Parlaíndio Brasil com a Embrapa, Associação Metareilá do Povo Paiter Suruí, Instituto Raoni e Embaixada da França

Iniciativa faz parte de projeto que tem como meta inicial plantar 1 milhão de árvores por ano em terras indígenas

No dia 24 de janeiro, na sede da Embrapa, em Brasília/DF, acontece o lançamento do curso EaD “Semeando Florestas em Terras Indígenas”, que faz parte do projeto com o mesmo nome, uma iniciativa do Parlamento Indígena (Parlaíndio) e da Associação Metareilá do Povo Paiter Suruí, com a parceria técnica da Embrapa Florestas e o apoio da Embaixada da França no Brasil. O EaD é um apoio ao objetivo do projeto de estimular os próprios povos originários a reflorestar suas terras indígenas degradadas. A meta inicial é plantar 1 milhão de árvores por ano. O evento acontece na sede da Embrapa (Brasília/DF).

O EaD, a ser disponibilizado na plataforma E-campo da Embrapa, é composto por 25 videoaulas e apostilas ilustradas com as melhores práticas de manejo florestal. Este curso inédito tem quatro módulos de conhecimento: Módulo 1 – Coleta, beneficiamento, germinação e armazenamento de sementes; Módulo 2 – Instalação de viveiros de pequeno porte; Módulo 3 – Produção de mudas de espécies florestais. Em 2024, serão lançados mais dois módulos: Módulo 4 – Semeando as sementes no campo e o Módulo 5 – Plantando as mudas em campo.

A partir do lançamento, o curso estará disponível gratuitamente para todas as comunidades indígenas e demais públicos interessados em reflorestar suas áreas degradadas através de um acesso simples aos sites do Parlamento Indígena do Brasil www܂parlaindiobrasil܂com܂br e da Embrapa www܂embrapa܂br/e-campo que poderá ser feito pelo computador, notebook ou até mesmo pelo celular. Ao final do curso, os participantes que acessarem e concluírem o curso completo pelo site da Embrapa receberão um certificado de capacitação. Para as aldeias com dificuldade de acesso à Internet, mas com acesso a computador, serão disponibilizados pen drives com todo o conteúdo do curso.

A segunda etapa do projeto “Semeando Florestas em Terras Indígenas”, que também será anunciada no evento de lançamento pelo cacique Raoni Metuktire, presidente de honra do Parlamento Indígena, e pelo cacique Almir Narayamoga Suruí, coordenador executivo do Parlaíndio Brasil, consiste na mobilização de dezenas de aldeias e comunidades indígenas, na Amazônia e demais biomas brasileiros, para criarem brigadas florestais indígenas em suas terras, a fim de empreender a restauração florestal em seus próprios territórios. Para apoiar e direcionar esse esforço coletivo, foi elaborado um “Plano Mestre de Restauração Florestal de Terras Indígenas” que será colocado à disposição das lideranças e associações dos povos indígenas interessados. Várias lideranças tradicionais que integram o Parlamento Indígena do Brasil já anteciparam a intenção de aderir ao projeto.

“Nosso objetivo é atuar em novas frentes, como projetos de sustentabilidade ambiental, manejo florestal e agrofloresta valorizando o empreendedorismo e o protagonismo indígena a partir de experiências bem-sucedidas já realizadas por diversos povos indígenas do Brasil. O projeto “Semeando Florestas em Terras Indígenas” tem esse objetivo e terá como meta inicial 1 milhão de árvores por ano plantadas pelos próprios indígenas dos povos que se interessarem em restaurar suas terras degradadas”, afirma o cacique Almir Narayamoga Suruí, coordenador executivo do Parlaíndio e cacique geral do povo Paiter Suruí, reconhecido internacionalmente por seus projetos inovadores de sustentabilidade ambiental implantados no território de seu povo.

Segundo o chefe geral da Embrapa Florestas, Erich Schaitza, o projeto vai estimular os povos indígenas a empreender a restauração florestal de seus territórios. “É uma base de orientação técnica disponível on-line que vai facilitar a formação de agentes florestais indígenas e fundamentar o trabalho prático no campo. A Embrapa tem diversas informações sobre restauração florestal e espécies nativas brasileiras e fazer esta informação chegar aos diversos públicos faz parte da nossa missão. Este trabalho junto aos povos indígenas será uma troca importante de conhecimentos”, afirma.

O Curso integra um conjunto de ações da Embrapa em apoio aos povos indígenas que visam contribuir para a segurança alimentar e nutricional, a geração de renda e o manejo e o uso sustentável da biodiversidade por essas populações. “A Embrapa valoriza os saberes, a cultura e as formas de organização dos povos indígenas e está empenhada em levar o melhor da ciência para contribuir com o desenvolvimento sustentável dessas comunidades e de seus territórios”, afirma a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.

Serviço:

-Data: 24/01/2024 – Quarta-feira

Horário: a partir das 10h

Local: Sede da Embrapa, Parque Estação Biológica – Sala Paule Jeanne

-Final da W3 norte, Brasília-DF

Sobre o Parlaíndio Brasil

O Parlamento Indígena do Brasil foi concebido em outubro de 2017 numa reunião de lideranças tradicionais indígenas e lançado oficialmente numa assembleia virtual em maio de 2021 com a missão de ser um espaço de voz e de articulação política para que os anciãos, pajés e caciques mais antigos, detentores dos saberes tradicionais, da tradição cultural e da espiritualidade ancestral, possam participar das assembleias do Parlaíndio Brasil presencialmente ou diretamente de suas aldeias em reuniões virtuais via internet. Assim eles podem assumir seu protagonismo e participar ativamente da discussão nacional das questões indígenas, conquistar visibilidade política e denunciar, à sociedade brasileira e ao mundo, as graves ameaças aos seus povos e ao meio ambiente, bem como propor alternativas e soluções sustentáveis de forma colegiada e democrática.

O Parlamento Indígena do Brasil vem para somar com o movimento indígena nacional com vistas a ampliar a representatividade dos mais de 1,6 milhões de indígenas que vivem no território nacional, distribuídos em 305 povos distintos, que falam mais de 180 línguas nativas. O Parlaíndio Brasil conta desde sua criação com a colaboração voluntária do indigenista Toni Lotar e tem os apoios do Instituto Raoni, da Associação Metareilá do Povo Paiter Suruí, da Fundação Darcy Ribeiro e da Embaixada da França no Brasil.

 

Michael FernandesAssessoria de ImprensaTrevo Soluções em Comunicação

Tels.: 21. 97168-9321

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