MPSC apresenta denúncia contra homem que enganava réus com falsas promessas de decisões judiciais

A denúncia aguarda a apreciação do Poder Judiciário, que decidirá sobre o seu recebimento.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou à Justiça uma denúncia contra um indivíduo que abordava réus em ações penais alegando ser irmão de um magistrado e prometendo que resolveria as pendências criminais pela sua influência familiar, mediante pagamento. A denúncia da 35ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital aponta a prática do crime de “exploração de prestígio”, tipificado no Código Penal como “solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha”.

Segundo o Promotor de Justiça Raul Rogério Rabello, o acusado teria solicitado e recebido dinheiro sob o pretexto de influenciar um juiz de segundo grau. Ele teria alegado que o valor seria destinado ao magistrado, de quem dizia ser irmão, prometendo vantagens processuais em um caso criminal envolvendo a filha de uma das vítimas.

O esquema envolvia a transferência de R$ 1.800,00 para uma empresa de propriedade do acusado. Posteriormente, ele exigiu mais R$ 13 mil para agilizar os supostos benefícios judiciais. Além disso, o acusado teria feito ameaças às vítimas, utilizando mensagens de texto para coagi-las.

O homem foi investigado e preso em Juiz de Fora (MG) pelo Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), com o apoio da Polícia Civil de São José e das forças de segurança de Minas Gerais.

Segundo o Tribunal de Justiça, o homem morou na Grande Florianópolis por uma década e já tem registros criminais por estelionato. Segundo as investigações, ele teria abordado os réus em locais de venda de drogas, descoberto processos judiciais em andamento e oferecido a suposta “interferência” no Poder Judiciário para garantir decisões favoráveis. Ao perceber que poderia sofrer represálias dos criminosos que enganou, o acusado teria fugido para Juiz de Fora, sua cidade natal.

Diante dos fatos, o MPSC requer a manutenção da prisão preventiva do investigado, destacando a gravidade das ações e a necessidade de assegurar a aplicação da lei penal. O crime de exploração de prestígio, pelo qual é acusado, tem pena prevista de dois a cinco anos de prisão.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social do MPSC

Últimas notícias

Inverno para primavera: como cuidar da pele nessa transição de clima

Com a chegada da primavera, o corpo sente os...

BOM JARDIM DA SERRA | Acidente revela carro abandonado ás margens da rodovia

Um veículo Renault Sandero com placas de Lauro Müller...

Projeto que exige maior segurança em novas escolas de SC avança na Alesc

Por unanimidade de votos, a Comissão de Constituição e...

SERRA | Vacaria quer Festa Nacional da Maçã, mas São Joaquim reivindica legado histórico

A recente divulgação de que o município gaúcho de Vacaria pretende...

Governo de SC distribui mais 3 mil aparelhos de ar-condicionado para as escolas estaduais

Os novos aparelhos de ar-condicionado adquiridos para as escolas...

Notícias Relacionadas