A expectativa de vida do Brasil voltou a crescer e atingiu 76,6 anos em 2024, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento, de 2,5 meses em relação ao ano anterior, confirma a tendência de avanço da prosperidade no país.
O levantamento mostra que esse crescimento não é isolado: ao longo de nove décadas, a população brasileira ganhou 31,1 anos de vida. Em 1940, a era média de 45,5 anos. Hoje, o país se aproxima cada vez mais dos níveis distribuídos em nações de alta renda.
Entre os sexos, mulheres seguem vivendo mais do que homens e agora estão muito perto dos 80 anos. Já a população masculina também avançou, mas enfrentou desafios que reduziram o ritmo de crescimento.
Evolução da expectativa de vida no Brasil
O IBGE registrou alta tanto para homens quanto para mulheres em 2024.
- Homens passaram de 73,1 para 73,3 anos.
- Mulheres subiram de 79,7 para 79,9 anos.
Esse avanço reforça o impacto das melhorias na saúde pública, na vacinação, no acesso a tratamentos e na qualidade de vida. Apesar disso, o país ainda está distante dos líderes globais: Mônaco, San Marino, Hong Kong, Japão e Coreia do Sul ocupam o topo do ranking mundial, com médias entre 84 e 86 anos.
Sobremortalidade masculina entre jovens
O estudo chama atenção para um problema persistente: a maior mortalidade entre jovens do sexo masculino.
Em 2024, os índices de sobremortalidade ficaram concentrados em três faixas:
15 a 19 anos: valor de 3,4
20 a 24 anos: valor de 4,1
25 a 29 anos: valor de 3,5
Isso significa que um jovem de 19 anos tinha 3,4 vezes mais chance de morrer antes dos 20 anos do que uma mulher da mesma idade.
Segundo o IBGE, esse cenário está ligado principalmente a causas externas, como homicídios, acidentes e outras situações violentas — fatores que se intensificaram com o avanço da urbanização desde a década de 1980.
O instituto destaca que a expectativa de vida masculina poderia ser maior caso esses óbitos não fossem tão presentes na realidade brasileira.
Queda na sic infantil
Outro ponto positivo do relatório é a redução da mortalidade infantil. Em 2024, o país registrou taxa de 12,3 mortes para cada mil crianças nascidas vivas, contra 12,5 no ano anterior.
A melhoria é ainda mais expressiva quando comparada a 1940, ano em que o índice era de 146,6 para cada mil. Entre os fatores que desenvolvem para essa queda estão:
Campanhas de Acompanhamento pré-natal
Incentivo ao Aleitamento Materno
Atuação de agentes comunitários
Programas de nutrição infantil
Maior escolaridade, renda e acesso ao saneamento
O IBGE reforça que essa redução nas mortes infantis tem impacto direto no aumento da expectativa de vida geral.
A longevidade também cresce entre idosos
Para quem chega aos 60 anos, o cenário também é de melhora. A população dessa faixa etária passou a viver, em média, mais de 22,6 anos — maior índice em nove décadas. Em 1940, o adicional era de apenas 13,2 anos.
A diferença entre homens e mulheres permanece:
Homens vivem mais de 20,8 anos após os 60
Mulheres vivem mais 24,2 anos
O estudo também avaliou o grupo de 80 anos. Em 2024, as mulheres dessa idade tendem a viver mais 9,5 anos, enquanto os homens vivem mais 8,3 anos.
Só Notícia Boa





















