Epagri e prefeitura discutem o futuro da agropecuária em Lages

O maior município em extensão territorial de Santa Catarina estuda alternativas para otimizar a produção rural nos seus 2,6 mil quilômetros quadrado

Lages, na região serrana, tem cerca de mil famílias na agricultura familiar. E é para elas que o poder público tem voltado a atenção.

Na terça-feira, 10, o presidente da Epagri, Dirceu Leite, e os gerentes da Epagri no município, Marlise Nara Ciotta e José Márcio Lehmann, reuniram-se com a prefeita Carmen Zanotto e a equipe técnica da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Pesca.

O objetivo do encontro foi discutir estratégias para fortalecer o agronegócio, responsável por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) de Lages, cuja população total é de aproximadamente 172 mil habitantes, conforme a estimativa de 2024 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De toda a área plantada no município, as culturas de maior ênfase são a soja, com 14,2 mil hectares; e o milho, com 3,7 mil hectares. Destacam-se ainda a produção de pinus, com 32 mil hectares; e a criação de bovinos, com 89,2 mil cabeças.

Objetivo é diversificar a expandir a produção

Mas Lages não quer ficar só nisso. Por isso, a prefeita Carmen Zanotto instigou a sua equipe a buscar soluções para diversificar e expandir a produção.

“Os produtores de madeira e gado são grandes e estão consolidados, então devemos estimular os pequenos. Precisamos fortalecer as associações. O que vamos fazer da nossa agricultura, além de manter as estradas? Temos que definir e implementar a política pública do setor. Este é um debate não só para agora, mas para as próximas gerações, para o futuro de Lages. E a Epagri, como uma empresa pública catarinense, uma instituição que nos dá orgulho, pode contribuir, com seus profissionais saindo dos seus espaços e ficando mais próximos dos municípios”.

O presidente da Epagri concorda com a prefeita de Lages e entende que trabalhar a organização dos produtores é a melhor ferramenta. Além disso, incentiva a criação de cooperativas. “É importante mapear os produtores com potencial para a fruticultura, as hortaliças e outras culturas. Devemos buscar os perfis empreendedores e incentivá-los a acreditar e investir”.

Dirceu lembra que os alunos do Centro de Educação Profissional (Cedup) Caetano Costa, do município vizinho, São José do Cerrito, recebem aula de empreendedorismo enquanto os extensionistas da Epagri trabalham junto às suas famílias, preparando o retorno dos jovens às propriedades para quando concluírem o curso.

“Em breve, realizaremos uma consulta pública aqui na cidade para saber da sociedade civil, das lideranças, dos produtores e dos entes públicos quais são as demandas do município. Qual é a Lages que queremos no futuro? Lages tem um campo muito fértil para novos empreendimentos e ações que tragam retorno econômico à sociedade. É neste sentido que a Epagri vai concentrar ainda mais os seus esforços”, conclui o presidente da Epagri.

Por: Pablo Gomes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc

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