Neste 15 de outubro, quando se comemora o Dia do Professor, a data convida não apenas à celebração, mas também à reflexão sobre a realidade de quem carrega nas mãos a responsabilidade de formar cidadãos e transformar o futuro.
Representando os professores da rede estadual, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação na Rede Pública do Ensino do Estado de Santa Catarina (Sinte) de Tubarão, Tânia Fogaça, ressalta que, apesar dos inúmeros avanços tecnológicos e dos diversos recursos hoje disponíveis nas escolas, o verdadeiro protagonista da educação, o professor, tem sido deixado em segundo plano.
“A formação do professor foi precarizada, empobrecida. Os cursos de licenciatura vêm morrendo nas instituições, salvo nas universidades federais. Aqueles que ainda são oferecidos não garantem a adequada e merecida formação”, fala. Para ela, no que diz respeito aos direitos, não há nenhum avanço. “Pelo contrário, perdemos ao longo das últimas décadas muitos deles”, diz.
Tânia cita também o Qualifica+. “Uma gratificação criada pelo governo, que é uma prova do descaso que os professores enfrentam hoje, pois só receberão aqueles que não adoecerem durante o ano letivo, o que é humanamente impossível diante da larga jornada de trabalho árduo que os professores enfrentam”, relata.
Dia do Professor
O Dia do Professor é comemorado no Brasil em 15 de outubro. No país, a criação do Dia do Professor está associada à lei de 15 de outubro de 1827, assinada por D. Pedro I. Nesse documento, ficou estabelecido que, em todas as cidades brasileiras, seriam construídas escolas primárias de ensino elementar. Na época, elas eram chamadas de “Escolas de Primeiras Letras”. A primeira comemoração ocorreu na cidade de São Paulo. Ela foi encabeçada pelo educador Salomão Becker, que ficou conhecido por suas célebres frases: “Professor é profissão, educador é vocação”; “Em Educação, não avançar já é retroceder.”
Fonte da Pauta | DS