Setembro Amarelo 2025: conversar pode mudar vidas

O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em 1962 em São Paulo

Setembro chega novamente colorido de amarelo, trazendo um convite à reflexão, ao acolhimento e à valorização da vida. Desde 2015, o mês é marcado por ações em todo o Brasil para lembrar a importância da saúde mental e da prevenção ao suicídio. Neste ano, a campanha tem como tema “Conversar pode mudar vidas”, iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV).

O movimento nasceu em 2003, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro. Desde então, a data ganhou força no país e hoje mobiliza instituições públicas, privadas e a sociedade civil em um esforço conjunto para salvar vidas.

De acordo com o psicólogo Julio Bitencourt, a mobilização tem alcance mundial e nasceu de uma necessidade urgente de falar abertamente sobre o tema. “O Setembro Amarelo foi instituído em 2003 e entrou no calendário da OMS como uma campanha mundial. Assim como o Outubro Rosa, é um período do ano em que a sociedade é convidada a olhar com mais atenção para a saúde mental, pois quando não é tratada adequadamente, ela pode chegar ao extremo, que é o suicídio. Por isso precisamos ter um olhar muito sério, porque em muitos casos ele é prevenível”.

Romper preconceitos

O especialista lembra que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a maioria dos casos poderia ser evitada com atendimento adequado. “A OMS aponta que 90% dos casos de suicídio poderiam ter sido evitados se houvesse uma intervenção correta em saúde mental. Esse é um dado fundamental que mostra a importância de falar sobre o assunto com responsabilidade e informação”, alerta Bitencourt.

Além disso, para Julio, é essencial que as pessoas aprendam a identificar sintomas em si mesmos e nos outros, superando o preconceito em relação à busca por ajuda profissional. “É importante reconhecer sinais de depressão, ansiedade ou até mesmo de uso problemático de substâncias. Procurar os serviços de saúde mental não deve ser visto com preconceito, pelo contrário, é um gesto de cuidado que pode salvar vidas”, diz o psicólogo chamando a atenção para alguns sinais de alerta, entre eles: mudanças de comportamento e verbalizações sobre a própria morte. “E é importante desmistificar aquela ideia de que quem fala em se matar está apenas querendo chamar a atenção. Na verdade, isso é um pedido de socorro e deve ser levado a sério”, enfatiza.

Julio também reforça que a prevenção passa pelo acolhimento e pela escuta ativa: “Estar disposto a ouvir, a oferecer apoio e a orientar para que a pessoa procure ajuda profissional pode fazer toda a diferença. Reconhecer os próprios sintomas e buscar tratamento é o caminho para não deixar que o sofrimento se torne insuportável”.

O trabalho do CVV

O Centro de Valorização da Vida (CVV), fundado em 1962 em São Paulo, é uma das organizações mais antigas do Brasil e atua oferecendo apoio emocional gratuito pelo número 188, disponível 24 horas por dia, além de chat e e-mail. Em Criciúma, o centro já atua há mais de 20 anos. Ao longo do mês, diversas ações estão programadas em todo o país, incluindo palestras, caminhadas e rodas de conversa. O ponto alto será no dia 10 de setembro, quando se celebra mundialmente a prevenção ao suicídio.

“O mês de setembro marca a principal mobilização nacional dedicada à valorização da vida e à prevenção do suicídio. Neste ano, em que celebramos uma marca significativa na história do CVV e da sociedade brasileira, os 11 anos do Setembro Amarelo, a nossa campanha tem como tema “Conversar pode mudar vidas”. O foco é reforçar que o diálogo é uma ferramenta poderosa para acolher quem sofre em silêncio e que a prevenção deve ocorrer no ano todo”, salienta a voluntária do CVV em Criciúma, Margarida Teixeira.

“Mais do que vestir amarelo, a campanha convida cada cidadão a abrir espaço para o diálogo, lembrando que ouvir pode fazer toda a diferença para quem sofre em silêncio”, concluiu Julio Bitencourt.

“Conversar pode mudar vidas”

Se você ou alguém que você conhece precisa de ajuda, ligue para 188. O atendimento é gratuito, sigiloso e funciona 24 horas por dia.

Fonte da Informação | Içara News

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