Jurerê inicia novo modelo de concessão para ambulantes e quiosques na temporada 2025/2026

Edital construído em conjunto entre poder público e sociedade civil propõe formato-piloto que poderá ser replicado em toda a Ilha

Com a aproximação do verão, Jurerê se prepara para receber um novo modelo de ordenamento na orla. Após meses de diálogo entre o poder público e representantes da sociedade civil organizada, foi publicado o edital que regulamenta a concessão de serviços para ambulantes e quiosques durante a temporada de 2025/2026. A proposta, que contou com a participação ativa da associação Avante Jurerê, representa um marco na busca por mais qualidade, sustentabilidade e padronização nos serviços oferecidos aos banhistas.

O documento estabelece diretrizes para a atuação comercial em um trecho de 3,3 quilômetros que compreende Jurerê Tradicional e Jurerê Internacional. O novo formato unifica o serviço dos quiosques fixos e o aluguel de cadeiras e guarda-sóis em um único ponto de atendimento, trazendo mais praticidade e conforto aos frequentadores. Cada quiosque deverá disponibilizar, no mínimo, 80 guarda-sóis e 160 cadeiras de praia para locação.

Na área gastronômica, o edital reforça critérios sustentáveis: fica proibido o uso de óleos para fritura, sendo permitidos apenas equipamentos como forno e air fryer para o preparo dos alimentos. Também está mantida a obrigatoriedade de oferecer o tradicional “Prato Manezinho” — refeição completa com frutos do mar, pirão d’água ou arroz, batata e bebida (refrigerante lata ou água mineral) — pelo valor fixado de R$ 40,00.

Segundo Rodrigo Marques, presidente da Avante Jurerê, o novo edital é resultado de uma construção coletiva e representa uma importante mudança na relação entre comércio de praia, poder público e comunidade local.

“Este modelo foi construído a muitas mãos. Reunimos técnicos, representantes da prefeitura, entidades ambientais e lideranças comunitárias para criar um formato moderno e equilibrado. Jurerê será o primeiro laboratório dessa proposta, que, se bem-sucedida, poderá servir de base para toda a Ilha de Florianópolis”, afirma.

Apesar do otimismo, Marques reconhece que a execução do modelo será um desafio de gestão e fiscalização, exigindo uma força-tarefa integrada entre órgãos municipais, entidades comunitárias e concessionários.

“Será um teste para todos nós. O sucesso do projeto depende não apenas da regulamentação, mas da capacidade de fiscalizar, acompanhar e corrigir eventuais falhas. É uma construção contínua, que precisa do comprometimento coletivo para dar certo”, complementa.

O edital-piloto também se alinha às diretrizes ambientais defendidas pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comdema), buscando conciliar a atividade econômica com a preservação do ecossistema costeiro. Para a próxima temporada, a expectativa é de que o novo sistema traga mais organização, transparência e valorização da experiência do banhista, ao mesmo tempo em que fortalece a imagem de Jurerê como referência em gestão urbana e turismo sustentável.

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