Ações emergenciais são realizadas, mas município precisa de uma nova estrutura
A falta de uma estrutura própria para captação, tratamento e distribuição de água é um dos principais motivos de problemas no abastecimento em Capivari de Baixo, segundo o Consórcio Saneamento Capivari. “Soma-se a isso vazamentos ocultos em alguns pontos do município”, completa. Para que estas obras necessárias ocorram, uma série de trâmites precisam ser realizados, a começar por licitação.
Segundo o consórcio, o município depende, por força de um contrato antigo, de receber água de Tubarão, que envia mensalmente a quantidade acordada. “Mas não possuir uma estrutura própria e adequada resulta em problemas no abastecimento. Foi constatado que no município um percentual de perda de água de 47% e a equipe técnica está dedicada na localização dessas redes danificadas”.
O município está atuando para sanar o problema de abastecimento no lado esquerdo e direito do bairro Ilhotinha. A estratégia consiste em interligar as duas comunidades, a instalar caixas d’água e um pressurizador.
Até o momento já foram adquiridas e instaladas duas caixas d’água. As mesmas estão instaladas ao lado da Igreja, na comunidade de Ilhotinha, e são abastecidas por caminhão-pipa e no momento aguardam a instalação do equipamento pressurizador. A próxima etapa será conectar os dois lados do bairro, suprindo o abastecimento para estes 200 domicílios.
A prefeitura de Capivari de Baixo, em conjunto com o Consórcio Saneamento Capivari, organizou uma força-tarefa no intuito de resolver, o mais breve possível, a descontinuidade no fornecimento de água nesta microrregião. Os esforços para levar água para esta localidade impactaram em falta d’água em outros bairros de Capivari.
Caminhões-pipas
Para minimizar os problemas ocasionados pelo desabastecimento, a prefeitura fez contratação de caminhões-pipas, que iniciaram no sábado o abastecimento dos quatro reservatórios, sendo um com duas caixas d’água de 20 mil litros cada, no bairro Ilhotinha. “Importante destacar que a prefeitura já destinou R$ 131 mil para a substituição de hidrômetros e outros R$ 41 mil para troca de cavaletes nas unidades consumidoras”, pontua o município.
Vazamentos ocultos estão sendo vistoriados
Segundo a prefeitura, técnicos do Consórcio Capivari também têm trabalhado na identificação de vazamentos ocultos, já que o município tem perdas de água devido aos vazamentos na ordem de 47%. De acordo com o Instituto Trata Brasil, a média nacional é de 37,8%. Já em Tubarão, o índice de perda é menor que a média, sendo 21%.
“Em razão dos vazamentos, o abastecimento perde pressão e a utilização de água em grande escala pela comunidade deixa os reservatórios em situações críticas, com isso não conseguimos manter o abastecimento regular”, explica o coordenador de Planejamento Urbano, engenheiro Henrique Guimarães.
Para não penalizar as comunidades mais distantes ou mais altas – que habitualmente são as principais impactadas -, são realizadas as manobras de fechamento de válvulas de registros em alguns pontos, para controlar o abastecimento e levar água a outros locais, até que o equilíbrio hidráulico do sistema seja normalizado.
Abastecimento em Tubarão
Na Cidade Azul, a Tubarão Saneamento tem pedido com frequência para que moradores de alguns bairros fechem os registros e/ou façam o consumo consciente de água. Mas, segundo a concessionária, não há registros de desabastecimento. Segundo a Tubarão Saneamento, na maioria dos casos o pedido se deve a serviços de melhorias realizados em diversos pontos da cidade, manutenção ou alguns rompimentos de rede causados por obras da prefeitura, como recentemente ocorreu no bairro Bom Pastor. “Mas todos são avisados com antecedência e o problema resolvido rapidamente”, diz a concessionária.
Diário do Sul
