Especialistas apresentam dados preocupantes sobre cigarro eletrônico em Criciúma

A iniciativa para o uso da tribuna foi da vereadora Giovana Mondardo (PCdoB)

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (12), a Tribuna Livre da Câmara de Vereadores de Criciúma recebeu representantes do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) para discutir os malefícios do uso do cigarro eletrônico.

O professor e pesquisador Antônio Augusto Schäfer, coordenador adjunto do programa, apresentou os resultados de uma pesquisa realizada em 2024 com mais de mil universitários de Criciúma.

“O cigarro eletrônico, teoricamente criado para ajudar na cessação do tabagismo, na prática tem se mostrado contrário a esse objetivo, pois contém nicotina e tem levado muitos jovens a migrarem do eletrônico para o cigarro tradicional”, explicou.

Segundo Schäfer, a pesquisa revelou que a prevalência do uso do cigarro eletrônico entre jovens universitários é de 11,7%, mais que o dobro da prevalência do cigarro tradicional, que é de 5,5%. “É um número extremamente alto e preocupante”, alertou o pesquisador.

Outro ponto destacado foi a falta de conhecimento sobre a legislação vigente quanto ao uso do cigarro eletrônico em ambientes fechados. “Alguns estabelecimentos permitem o uso, o que não é correto, pois quem está no ambiente e não fuma acaba sendo fumante passivo. Por ser um dispositivo de fácil acesso e atrativo, está conquistando muitos jovens”, complementou.

Antônio Schäfer reforçou a necessidade de medidas como a inclusão de placas proibindo o uso do cigarro eletrônico em locais fechados, similares às existentes para o cigarro tradicional, para orientar proprietários e frequentadores. “Também é fundamental a fiscalização para garantir a proteção da saúde da população.”

A professora e pesquisadora Fernanda de Oliveira Meller chamou atenção para a urgência da conscientização entre os jovens, afirmando que a tendência é que o uso do cigarro eletrônico aumente nos próximos anos se não houver ações efetivas. “Precisamos pensar na conscientização dos jovens. A tendência é que aumente o uso nos próximos anos”.

Fonte da Pauta | Gabriel JR./OCP NEWS

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