Hemorragia e desidratação são os principais riscos para gestantes
Dados epidemiológicos divulgados pelo Ministério da Saúde, indicam que o número de casos de dengue em gestantes cresceu 345,2% nas primeiras semanas de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Além do aumento geral de casos de dengue pelo país, o crescimento da infecção em gestantes pode ser explicado pelas diversas mudanças hormonais que ocorrem durante a gestação.
Segundo estudo feito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), as gestantes têm um risco cinco vezes maior para complicações geradas pela dengue, em comparação com a população feminina.
O maior problema da infecção é a hemorragia. “Ao tentar conter a invasão do vírus, o sistema imunológico pode destruir as plaquetas responsáveis por coagular o sangue, causando a hemorragia”, explica Juan Boado, médico e diretor Técnico do Hospital Bom Pastor.
“Com a perda de sangue causada pela dengue, a gestante pode enfrentar um aborto ou um nascimento prematuro, prejudicando sua saúde e a saúde do bebê”, completa o profissional que atua na unidade gerenciada pela Pró-Saúde, em Guajará-Mirim (RO).
Cuidados após infecção
Outro problema causado pela dengue é o risco de desidratação. Portanto, a principal recomendação em casos de menor gravidade é se hidratar constantemente e repousar.
“É importante ressaltar que ao perceber febre alta, acima de 38ºC, acompanhada de dor muscular e dor intensa atrás dos olhos, nunca se deve usar remédios como aspirina, ibuprofeno ou nimesulida. Procure sempre ajuda médica na unidade de saúde mais próxima”, alerta o médico.
Para se prevenir é necessário o uso de repelentes a base de DEET, telas e mosquiteiros e agir na eliminação de água parada, local que propicia proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Comunicação – Pró-Saúde
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