Bairro da Juventude: Há 75 anos promovendo a transformação real

A partir do crescimento da Instituição muitos foram os processos que ajudaram a construir a história do Bairro da Juventude

Em 1º de setembro de 1949, em um cenário ainda despovoado, após três casas serem construídas no bairro Pinheirinho, se deu início a SCAN (Sociedade Criciumense de Auxílio aos Necessitados).  Por uma iniciativa do Rotary Clube, e nascendo de uma necessidade de atendimento às crianças, em situação de risco, a SCAN prestava atendimento apenas a meninos no sistema de internato. Já na década de 50, os padres rogacionistas passam a administrar a Instituição.

“Quando os padres italianos assumiram a gestão, vindos de um pós-guerra, na Itália já existiam trabalhos sociais que prestavam atendimentos para meninos. E estes locais eram chamados de Villaggio del Fanciullo, que numa tradução rápida, os religiosos deram o nome de Bairro da Juventude”, cita a diretora-executiva da Instituição, Silvia Regina Luciano Zanette.

A entidade continuou funcionando como internato até o ano de 1975, período este em que os padres entregaram a gestão da Instituição para 25 Entidades e Clubes de Serviço. “A partir deste novo formato foi eleito o primeiro Conselho Deliberativo. Este modelo segue sendo o utilizado para administrar o Bairro da Juventude até os dias atuais. Ao longo de nossa história, mantivemos a constância no propósito de atender crianças, adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social”, revela Silvia.

Neste domingo, 1º de setembro, o Bairro da Juventude está completando 75 anos de fundação. Atualmente a entidade atende no período diurno 1,6 mil estudantes, vindos de 89 bairros do município de Criciúma e região. Na entidade eles têm à disposição ensino infantil e fundamental, profissionalização, transporte gratuito, alimentação, ambulatório com médico pediatra, atendente de ambulatório e dentista, atendimento com psicólogas e assistentes sociais, espaço cultural, atividades de esporte, lazer e cultura, Centro Multiuso e um moderno e amplo Centro Lúdico de Inovação e Criatividade (CLIC).  Já no período noturno, a Instituição oferece atendimento a jovens e adultos em cursos de qualificação e requalificação profissional, além de disponibilizar um núcleo de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A missão do Bairro da Juventude busca promover, por meio da educação e assistência social, a garantia de direitos para crianças, adolescentes e jovens. “Nós apresentamos e mediamos os direitos das pessoas, auxiliando no alcance da autonomia e bem-estar. Temos métodos e estratégias pontuais que projetam e acompanham trajetórias de vida, respeitando a diversidade e fortalecendo a sinergia social”, avalia Sílvia.

E pelo importante papel desempenhado e transparência em suas ações, a entidade conquistou o reconhecimento da sociedade e de diversas organizações, com repercussão nos níveis regional, estadual e nacional, ao receber prêmios como: Prêmio “Itaú Unicef” (2006 e 2017), Prêmio “Amil de Combate à Obesidade Infantil” (2015), 100 Melhores ONGs do Brasil (2017, 2020 e 2023), Melhor ONG da região SUL do Brasil (2020), Selo Doar Ambev (2020), Certificação Internacional Phomenta pelas boas práticas de transparência e gestão (2021), Prêmio Melhores Ongs (2023) e Prêmio ODS Santa Catarina (2023).

“Ano passado fomos reconhecidos mais uma vez entre as 100 Melhores Ongs do Brasil e pela primeira vez levamos o Prêmio ODS Santa Catarina, um reconhecimento dado às ações desenvolvidas pelos Signatários do Movimento ODS e que reforça nosso compromisso com a sustentabilidade. Todo o reconhecimento obtido contribui com o planejamento das ações futuras, bem como nos motiva a buscar novos objetivos e obter resultados ainda mais impactantes”, observa o diretor de projetos, Nei de Souza.

A partir do crescimento da Instituição muitos foram os processos que ajudaram a construir a história do Bairro da Juventude. “Sempre buscamos caminhos para realizar nossos projetos, independente do momento ao qual estamos inseridos, pois nossa missão sempre foi clara”, analisa a diretora.

E é por entender seu propósito que a Organização consegue impactar e mudar a realidade de muitas crianças. O chefe de padaria Luiz Felipe Vargas sabe bem o que é ter a vida transformada pelas oportunidades oferecidas pelo Bairro. “Aos quatro anos comecei a frequentar a Instituição. Minha infância foi muito difícil, marcada inclusive pela fome. Lembro que muitas vezes fui dormir sem poder me alimentar direito. No Bairro eu encontrava o que precisava e foi na Instituição que eu me encontrei. Sabia que era o melhor lugar para mim. Hoje tenho minha família, meu filho, minha profissão. Sou a mudança, a diferença e um vencedor”, conta emocionado Vargas.

Fonte: Sul Notícias

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