Sapatos vermelhos e documentário alertam sobre feminicídio em Florianópolis

Florianópolis recebeu nesta quinta-feira (4) uma ação simbólica e um debate para conscientizar sobre a violência contra a mulher em Santa Catarina. Na escadaria da Catedral Metropolitana, foram expostos 26 sapatos vermelhos, cada um representando uma vítima de feminicídio ocorrida este ano no estado. Cada par trazia informações sobre a data do crime, local e idade da vítima, que tinham em média 36 anos. Entre eles, um sapato infantil lembrava uma criança de apenas um ano, morta junto com a mãe.

O ato fez parte de um esforço para chamar atenção para os índices alarmantes de violência: em média, 50 mulheres são assassinadas por ano no estado, quase 200 crimes diários, e 8 a 9 assassinatos por hora, de acordo com o Observatório da Violência Contra a Mulher da ALESC.

No mesmo dia, à noite, na Bugio Centro, ocorreu a exibição do documentário “História mal Contada: os feminicídios na cobertura jornalística”, seguido de debate com a autora do documentário e especialistas na área. A discussão destacou como a cobertura da imprensa muitas vezes silencia as vozes das vítimas, distorcendo suas trajetórias, e também abordou o apagamento ainda maior das mulheres trans nas estatísticas e narrativas.

O debate apontou falhas graves do Estado em Florianópolis, como a ausência de Delegacia da Mulher aberta 24h, dificultando a proteção efetiva, especialmente nos finais de semana, quando a violência é mais frequente.

A ação foi organizada pelo Gabinete da vereadora Ingrid Sateré Mawé, que aguarda a tramitação do Projeto de Lei 19.576/2025, que propõe o Programa Municipal de Enfrentamento ao Feminicídio, com ações de educação e combate à violência contra a mulher. A iniciativa busca reforçar políticas públicas e promover uma atuação mais efetiva na prevenção e enfrentamento do feminicídio na cidade

O ato dos sapatos vermelhos e o cinedebate reforçam a urgência de políticas públicas, sensibilização da sociedade e o fortalecimento da cultura de proteção às mulheres em Florianópolis, transformando números frios em memória e ação concreta.

Fonte da Informação | Agora Floripa

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