Vítima de Chernobyl chega a Paris como estrela das Paralimpíadas

São inúmeros os exemplos de superação nas Paralimpíadas de Paris 2024, que teve sua abertura nesta quarta-feira (28)

A experiente e multicampeã Oksana Master, de 35 anos, traz uma das histórias mais emblemáticas.

Abandonada quando pequena e com parte da infância vivendo entre orfanatos da Ucrânia, onde era abusada fisicamente e sexualmente, ela ainda é sobrevivente do acidente nuclear de Chernobyl.

Após tanto sofrimento, ela encontrou no esporte a forma de superar os traumas e despontou como estrela. Entre Jogos de Inverno e Verão, a americana de 35 anos conquistou 17 medalhas, sete delas de ouro, em quatro esportes (biatlo, esqui cross-country, ciclismo e remo).

“O esporte salvou minha vida e minha mãe (adotiva) salvou minha vida. Essas foram duas coisas importantes para mim quando eu tinha 13 anos. Suprimi muitas coisas que vivi na Ucrânia, nos orfanatos. Eu não sabia como verbalizar e como dizer. Eu estava com medo de falar sobre isso porque isso tornava tudo mais real”, disse a atleta ao Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC).

História de superação

Oksana nasceu em Khmelnytskyi, na Ucrânia, em 1989, três anos depois da catástrofe de Chernobyl. O reator que explodiu e lançou material radioativo em toda atmosfera causou má-formação congênita na atleta.

Ela nasceu com cinco dedos nas mãos, mas sem polegares, seis dedos em cada pé e com a perna esquerda cerca de 15cm mais curta que a direita.

Master foi entregue para adoção ainda bebê e passou por três orfanatos ucranianos, onde sofreu abusos e relata ter passado fome especialmente no terceiro.

Aos 7 anos, foi adotada pela professora americana Gay Masters e se mudou para Buffalo, nos Estados Unidos. Dois anos depois, teve a perna esquerda amputada acima do joelho após os ossos frágeis não aguentarem carregar o peso do corpo.

Oksana com a mãe | Foto: Reprodução/Instagram

Aos 14, ainda sofria com as dores e teve que amputar também a perna direita, além de ser submetida a várias cirurgias reconstrutivas nas mãos para que um dos dedos funcionasse como polegar.

“Minha mãe salvou minha vida, literalmente, da Ucrânia porque disseram a ela que eu não deveria viver além dos 10 anos. E então ela salvou de novo ao me apresentar o mundo dos esportes. E o esporte foi realmente a terceira coisa que realmente salvou minha vida, porque foi onde comecei a aprender a jornada e o caminho de me amar, me aceitar”, declarou.

 

Fonte: OCP News Jaraguá do Sul

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