Taió e Rio do Sul vivem enchente mesmo sem chuva e em pleno domingo de sol

No Alto Vale, um cenário intrigante se desenha sob o céu ensolarado, onde o esplendor do sol contrasta com as ruas alagadas de Taió e Rio do Sul, uma situação persistente desde a última sexta-feira. Essas cidades estão enfrentando inundações contínuas devido ao transbordamento dos rios Itajaí-Açu e Itajaí do Oeste, que estão em um ciclo histórico de cheias.O diretor da Defesa Civil de Taió, Jonata Retke, relata que o rio atingiu uma marca de 10,38 metros, marcando a quarta enchente desde o início de outubro. No domingo, 90 pessoas estão abrigadas nas instalações da prefeitura. Embora as águas estejam começando a recuar gradualmente, a expectativa é de que os moradores possam retornar às suas casas e o processo de limpeza pública possa começar a partir de segunda-feira.

No início da tarde, o nível do rio ainda estava em 9,49 metros. Enquanto em Rio do Sul, onde a terceira enchente em um mês está quase no fim, o nível do rio é de 7,79 metros, com as primeiras ruas começando a alagar quando atinge 7,50 metros. Em breve, a situação deve voltar à normalidade.

Durante todo o fim de semana, o clima ensolarado ofereceu um contraste surpreendente com as ruas que se transformaram em extensões dos rios. Isso se deve a dois fatores, como explicado pelo professor da Universidade Regional de Blumenau (Furb) e doutor em Hidrologia, Ademar Cordero: a suavidade da inclinação do terreno e a capacidade das barragens.

A baixa inclinação entre Rio do Sul e Lontras afeta a velocidade de escoamento das águas, pois esse trecho é praticamente plano. Além disso, as barragens de Taió e Ituporanga ainda estavam liberando água na manhã de domingo, conforme a última atualização da Defesa Civil. Isso significa um agravamento da situação com mais água sendo direcionada para rios já com níveis elevados, mesmo na ausência de chuva.

Ambas Taió e Rio do Sul já haviam declarado situação de calamidade pública no mês passado devido às enchentes. Taió experimentou a pior cheia de sua história, com o rio atingindo uma altura de cerca de 12 metros, resultando em inundações generalizadas na cidade.

Os resgates dos residentes foram realizados por meio de barcos e helicópteros, em uma operação conjunta que também envolveu o Exército. Enquanto ainda se recuperavam dos prejuízos e tentavam retomar a rotina, essas cidades enfrentam novamente a fúria das águas neste feriadão. Em Rio do Sul, estima-se que as perdas econômicas para empresas e pessoas físicas tenham ultrapassado os R$ 104 milhões até a chegada deste terceiro ciclo de enchentes.

 

Foto: Defesa Civil, Divulgação.

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