Paulo Afonso Dalponte Pereira: o talento que transforma madeira e concreto em arte

Conheça a história do artista de Pindotiba, em Orleans, que já esculpiu diversas obras sacras e esculturas

A imagem de Nossa Senhora Aparecida, em Treze de Maio, e a de Nossa Senhora da Conceição, em frente ao hospital de Urussanga. Essas são apenas duas das milhares de obras esculpidas pelo artista Paulo Afonso Dalponte Pereira, natural de Pindotiba, em Orleans.

Seja em madeira ou em concreto, o artista é o responsável por criar inúmeras obras que estão espalhadas por todo o estado. É por causa de todo esse talento que Paulo foi um dos 95 artistas contemplados no Prêmio Mestres da Cultura Popular de Santa Catarina. A história de Paulo, hoje com 69 anos de idade, foi contada através de uma entrevista especial realizada com o próprio artista e com a sua filha, Liliane Pereira.

A filha conta que o interesse do pai pela arte surgiu já na infância. “Ele acompanhava os pais na roça e lá já tinha aquela vontade manifestada de seguir na arte, porque ele pegava as raizinhas de cipó, batata e ficava esculpindo. O vô e a vó queriam que ele trabalhasse, mas ele não queria, ele queria esculpir”, diz. “Quando ele era pequeno, na escola, ele era tratado como surdo e mudo.

Ele tem um carinho muito grande por uma professora que tentava interagir com ele través de Libras, mas ele não conseguia. Ele chegava em casa relatando tudo o que acontecia em sala de aula para a vó”, conta Liliane, acrescentando que isso ocorrida devido à timidez do pai e também às suas dificuldades na fala e na audição.

A história de Orleans está presente em várias partes do município através das esculturas de Afonso. É o caso do chafariz localizado na praça Celso Ramos e também ao monumento em homenagem ao Conde D’Eu. Além disso, a paixão de Paulo pelas esculturas também está na arte sacra. Quando mais jovem, o artista esculpiu diversos quadros, em madeira, da Santa Ceia. Outras imagens sacras também foram confeccionadas, sob encomenda, e destinadas para as igrejas e capelas da região. “Sempre trabalhando por amor e, na inocência, não soube cobrar, porque, se envolver todo o contexto histórico e artístico, era para ser um homem multimilionário”, comenta a filha. Atualmente, Paulo ainda segue realizando as suas esculturas, porém, menos do que antes, já que está enfrentando um problema na visão que impede alguns trabalhos.

Conforme a filha, o pai está realizando um tratamento para retinopatia diabética. “A gente espera que ele venha se recuperar um pouquinho para ter pelo menos uma qualidade de vida”, pontua Liliane, completando que o pai está somente realizando algumas obras por hobby.

Fonte da Pauta | Portal Rádio Marconi

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