As estimativas iniciais indicam que a safra pode manter os níveis do ano anterior
Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (27), a produção de pinhão em 2024 na região de Caxias do Sul apresenta variações entre os municípios, conforme ocorrido em anos anteriores. As estimativas iniciais indicam que a safra pode manter os níveis do ano anterior ou aumentar até 20%, especialmente nos Campos de Cima da Serra. No entanto, em Canela e Gramado, houve uma redução de 15% a 30% na produção, atribuída às condições climáticas desfavoráveis, como estiagens, chuvas excessivas e a alternância de produção típica da espécie.
A colheita do pinhão é feita manualmente, com coleta no solo ou derrubada das pinhas com utensílios. As variedades precoces estão em maturação e debulha, enquanto as tardias ainda desenvolvem as sementes. A qualidade e sanidade das pinhas são boas, e os preços variam conforme a comercialização:
Venda direta ao consumidor: R$ 5,00 a R$ 8,00/kg
Supermercados e feiras: R$ 8,00 a R$ 15,00/kg
Intermediários: R$ 5,00 a R$ 7,00/kg
Ceasa de Caxias do Sul: R$ 9,20/kg
Pinhão beneficiado: R$ 20,00 a R$ 30,00/kg
O preço mínimo do pinhão extrativista foi fixado em R$ 3,79/kg pela Portaria MDA Nº 41/2023.
Na região de Soledade, a colheita está em pleno andamento, com produtividade estimada 60% menor que a safra anterior. O preço ao produtor varia de R$ 9,00 a R$ 10,00/kg e para o consumidor cerca de R$ 15,00/kg. A redução na produção é atribuída ao clima chuvoso durante a polinização e à diminuição de plantas produtivas.
Em Passo Fundo, a safra de 2024 também é baixa, com o produto sendo vendido entre R$ 10,00 e R$ 12,00/kg. Devido à oferta reduzida, há importação de pinhão de Santa Catarina e Paraná.
AGROLINK – Seane Lennon
