Operação prende funcionário de RH e afasta servidores suspeitos de desvios em prefeitura

Segundo a polícia, condutas ilícitas ocorriam desde 2010, causando prejuízo ao erário municipal.

Uma operação conjunta foi deflagrada na manhã desta quinta-feira (12) pela Polícia Civil, por meio das Delegacias de Imbituba e Laguna, em conjunto com a Polícia Científica.

O objetivo foi cumprir um mandado de prisão preventiva, cinco mandados de busca e apreensão e dois afastamentos de funcionários públicos.

Segundo a polícia, essa ação foi resultado de uma investigação sobre desvios de verbas do município de Imbituba em favor dos envolvidos.

Ainda em 2024, a Polícia Civil recebeu uma denúncia sobre um funcionário público que recebia horas extras não trabalhadas em sua folha de pagamento.

A denúncia indicava que o funcionário recebia cerca de 44 horas com adicional de 50% e 30 horas com adicional de 100%.

“Curiosamente, o funcionário beneficiado era filho de outro funcionário municipal responsável pelo preenchimento e lançamento do holerite”, informou a polícia.

Simultaneamente, a Controladoria do Município de Imbituba enviou um ofício informando que o funcionário de recursos humanos realizava lançamentos indevidos para seu próprio benefício, sendo alvo de processo administrativo disciplinar.

Após recomendação da Controladoria Geral do Município, ele foi exonerado do cargo.

Com base nessas informações, as polícias Científica e Civil, junto com a Controladoria Municipal, realizaram diligências para identificar condutas criminosas.

Descobriu-se que o funcionário de RH inseriu dados falsos no sistema de folha de pagamento para receber valores indevidos para si e seus filhos, fatos que ocorreram pelo menos desde 2010, gerando grande prejuízo ao município de Imbituba.

As irregularidades incluíam, segundo a investigação, alterações de data-base para aumentar o tempo de serviço; pagamento de triênio em percentual superior ao devido; pagamento de venda de licença-prêmio indevida; inclusão de horas extras não trabalhadas para familiares, entre outros.

Após receber os valores indevidos, o funcionário excluía as movimentações ilícitas para evitar detecção. Essa exclusão impediu a fiscalização pública e dos órgãos de persecução.

A Polícia Civil solicitou prisão preventiva do funcionário de RH, afastamento de dois servidores e cinco buscas. O Poder Judiciário deferiu integralmente os pedidos após manifestação favorável do Ministério Público.

Os afastamentos do cargo serão comunicados pelo Poder Judiciário diretamente ao município de Imbituba.

 

Fonte: Sul Agora

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