O Protocolo de Encalhe da APA da Baleia Franca foi acionado após o registro de um filhote de baleia-franca (Eubalaena australis) encalhado e já sem vida na Praia do Siriú, em Garopaba.
A área de ocorrência integra o Trecho 2 do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), realizado pelo Instituto Australis.
A informação sobre o encalhe foi inicialmente fornecida por populares, e a equipe do PMP-BS/Instituto Australis registrou oficialmente o caso. O filhote media cerca de 5,2 metros de comprimento e apresentava sinais de decomposição.
Média histórica
Já é o segundo registro de baleia-franca nesta temporada reprodutiva em Santa Catarina. Historicamente, o índice de encalhes de filhotes mortos na região permanece dentro da média, variando entre dois e três casos por ano.
No caso de filhotes, a mortalidade é esperada e pode ocorrer por causas naturais, como problemas congênitos ou complicações no nascimento, além de fatores de seleção natural.
Entretanto, causas de origem humana também podem contribuir, e cada ocorrência é cuidadosamente analisada para determinar a razão do encalhe. Já o encalhe de baleias-francas adultas é raro, devido à elevada taxa de sobrevivência natural da espécie.
O Protocolo de Encalhes e Emalhes é uma iniciativa colaborativa formada pela APA da Baleia Franca/ICMBio, Instituto Australis, Associação R3 Animal, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Museu de Zoologia Professora Morgana Cirimbelli Gaidzinski da Unesc, Corpo de Bombeiros, Capitania dos Portos e Polícia Militar Ambiental, que atuam em conjunto para atendimento de encalhes e emalhes na região.
Fonte da Pauta | Diário do Sul