O Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, de Orleans, divulgou a lista com os 20 documentários selecionados para compor a programação do 1º Festival de Documentários, que será realizado no dia 7 de agosto, em comemoração ao Dia do Documentário Brasileiro. Além da lista dos selecionados, a equipe de curadoria, liberou uma lista de cinco suplentes.
Ao todo, o evento recebeu 54 inscrições, vindas de 18 cidades de Santa Catarina, além de produções de outros quatro estados brasileiros: Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco. De acordo com a diretora do Museu ao Ar Livre, Valdirene Böger Dorigon, cada selecionado receberá um cachê de R$ 300,00.
A organização do festival agora trabalha na divisão das obras em quatro sessões, nos turnos da manhã, tarde e noite. As exibições serão realizadas de forma gratuita, no Centro de Vivências do Museu, em Orleans. “As escolas e pessoas interessadas em assistir às sessões podem entrar em contato pelo WhatsApp (48) 9904-2739 para agendar a participação. Em alguns casos, o projeto prevê transporte, o que pode facilitar a presença de grupos. Basta entrar em contato, que estudaremos cada situação”, explica Valdirene.
Caso alguma das obras selecionadas enfrente impedimentos de exibição, os filmes da lista de suplentes serão chamados, conforme a ordem de classificação.
Curadoria
A curadoria do festival foi composta pela cineasta criciumense Beatriz Kestering Tramontin, pelo produtor cultural gaúcho Wender Zanon e pelo museólogo e professor do Unibave, Idemar Ghizzo.
Para Beatriz, uma das novidades do processo foi a oportunidade de avaliar obras produzidas por catarinenses. “É uma forma de valorizar a cultura da nossa região. A proposta traz a experiência das pessoas em contar suas histórias, registrando o patrimônio e a memória como forma de salvaguarda cultural”, afirma a cineasta, que integra a diretoria da Cinemateca Catarinense.
O jornalista e produtor cultural Wender Zanon também destaca a importância do festival. “Estamos aproveitando os recursos das leis emergenciais da cultura, como a Lei Paulo Gustavo e a Aldir Blanc, e já colhendo frutos. É uma proposta acertada de descentralizar os recursos e ampliar o acesso às produções que nasceram nos municípios.”
Para ele, o festival lança um olhar para o território. “Vamos ver filmes que contam diversas histórias locais. Um exemplo é Endereços Invisíveis, que aborda a realidade de moradores que vivem em locais sem CEP. É uma vitrine importante para obras que trazem o senso de comunidade e pertencimento.”
Realização
O Festival de Documentários do Museu ao Ar Livre Princesa Isabel é um projeto viabilizado por meio do Edital Circuito Catarinense de Cultura, com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, do Governo do Estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), e com apoio do Governo Federal.
Participação
O festival priorizou produções com temáticas locais e de realizadores de Santa Catarina, mas recebeu inscrições de diferentes municípios, incluindo Orleans, Joinville, Gravatal, Urubici, Criciúma, Florianópolis, Biguaçu, Corupá, Pinhalzinho, Ipumirim, Santa Rosa de Lima, Joaçaba, Itajaí, Imbituba, Forquilhinha, Sangão, Siderópolis, Içara e Jaraguá do Sul.
Também foram recebidas produções dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Pernambuco, demonstrando o alcance e o interesse pela proposta do festival.
Obras selecionados (em ordem alfabética)
-Aguada – histórias de lavadeira
-Código pirata
-Correnteza
-Dén kabel atõ vãnh gõ
-Endereços Invisíveis
-Fiado só amanhã
-Histórias do Quilombo
-Lotes não Carpidos: arte e resistência no oeste catarinense
-Manequinha – do Samba ao Céu
-Mascates de sonhos
-Mi Son da Belun
-Não é brincadeira, é Bullying
-Negritude em Criciúma – Videoarte de Marciano Alves
-Nos Tempos da Nonna
-Pindotiba e Cultura Popular: Nas imagens, nos sons e na alma.
-Rendas de bilro: História e memória das rendeiras de Florianópolis
-Resistência 196: Conectando Arte e Conhecimento
-Ruínas: Fragmentos Poéticos
-Um Olhar Aprendiz
-UrbAnidade Invisível
Suplentes
1-Bar do Tio Ivo: histórias de um bar de rock;
2-As Caldas;
3- Vargeão: história e memória;
4-Edi Balod linha de frente;
5- Meninas Milagreiras de Lages.
Fonte | Antonio Rozeng / Assessor Imprensa