O Mirante da Serra do Rio do Rastro, em Bom Jardim da Serra, um dos principais cartões-postais de Santa Catarina, passará por uma grande modernização com investimentos privados. Entre as possibilidades de atrativos sugeridas, estão pista de ski artificial, bike park e bondinhos.
Entretanto, a implementação dessas três atrações não é obrigatória e ficará a cargo da empresa vencedora da concessão avaliar as opções mais adequadas e viáveis. As intervenções que obrigatoriamente serão realizadas incluem infraestrutura de lazer, cultural e gastronômica, visando impulsionar o turismo e o desenvolvimento econômico da região.
O projeto prevê, por exemplo, a construção de um pavilhão principal, com anfiteatro, praça de eventos e lojas, além da instalação de restaurantes temáticos. O acesso ao espaço permanecerá gratuito. Estudos de arquitetura e engenharia também propõem um atrativo que explore melhor a vista a ser contemplada no mirante, como uma ponte de vidro, que proporcionará uma experiência panorâmica.
“Após mais de 15 anos de discussões e planejamentos, estamos finalmente lançando o edital para o Mirante de Bom Jardim da Serra, um projeto que vai transformar a região em um dos principais destinos turísticos do Estado. Com esse projeto, que será concedido à iniciativa privada, manteremos as garantias de acesso gratuito à população e melhorias significativas na infraestrutura. Isso significa mais empregos, mais oportunidades e mais desenvolvimento para toda a região”, ressalta a secretária de Estado do Turismo, Catiane Seif.
Como ocorreu a elaboração do projeto?
O projeto de concessão do Mirante da Serra do Rio do Rastro foi elaborado pelo Governo do Estado de Santa Catarina, por meio das Secretarias de Estado da Fazenda e do Turismo, juntamente com a InvestSC (antiga SCPar). Para isso, foram ouvidas as demandas das comunidades envolvidas por meio de audiência pública, com colaboração da Associação dos Municípios da Serra Catarinense (AMURES) na elaboração do edital.
O edital para a concessão à iniciativa privada foi lançado no dia 26 de fevereiro. A empresa vencedora terá a responsabilidade de administrar, operar e modernizar o complexo turístico por 30 anos, garantindo infraestrutura de lazer, gastronomia e eventos, além de melhorias na estrutura existente. O investimento previsto nos primeiros quatro anos é de R$ 13,3 milhões, com um total estimado de R$ 94,6 milhões ao longo da concessão. O acesso ao mirante continuará gratuito, e o projeto inclui propostas como uma ponte de vidro, um centro de visitantes e uma praça de eventos.
Entenda os próximos passos:
1) Lançamento do edital e recebimento de propostas: As empresas interessadas devem apresentar suas propostas até 16 de junho de 2025, na Secretaria de Estado da Administração, em Florianópolis. A empresa vencedora será aquela que atender aos critérios estabelecidos e apresentar o melhor plano para a concessão.
2) Assinatura do contrato e início da concessão: A empresa vencedora assinará um contrato de 30 anos com o Estado. O valor total do contrato será de R$ 94,6 milhões, sendo R$ 13,3 milhões em investimentos a serem realizados nos primeiros quatro anos de concessão. Outros R$ 81,3 milhões correspondem à projeção de custos operacionais durante todo o período de exploração.
3) Implementação e fiscalização: A empresa deve captar e gerir recursos financeiros para realizar os investimentos conforme o cronograma. O Estado, por meio da Diretoria de Atração de Investimentos e Parcerias da Fazenda (DIAI), fará fiscalizações periódicas para garantir que as melhorias sejam entregues. A empresa deverá investir parte da receita em ações de conscientização e preservação ambiental, garantindo um turismo sustentável.
Embora o acesso ao Mirante da Serra do Rio do Rastro permaneça gratuito, a empresa vencedora da concessão terá diversas formas de monetização para garantir a viabilidade do investimento. Entre as possíveis fontes de receita, estão a exploração comercial de serviços e espaços, como restaurantes, lojas de souvenirs e quiosques, além da possibilidade de cobrar por experiências diferenciadas dentro do complexo. A concessão segue um modelo que permite o desenvolvimento da região, garantindo que os investimentos tragam benefícios tanto para a empresa quanto para o turismo local.
Com informações: Sulinfoco
