Desde o primeiro dia de janeiro até o dia 17 de fevereiro, as praias da região registraram exatamente 1.210 ocorrências relacionadas a águas-vivas. A maior parte delas foi nos balneários de Jaguaruna, que tiveram 837 casos no período, seguido por Laguna (344 ocorrências) e Imbituba (29 ocorrências).
Somente na última semana, entre os dias 11 e 17 de fevereiro, a região teve 63 casos de banhistas lesionados por água-viva. Os dados foram repassados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) ao DS. Neste mesmo período, foram registrados 5.856 ocorrências em todo o Estado. O número é cerca de 88,46% maior em comparação com a semana anterior (de 4 a 10 de fevereiro), quando 3.107 casos foram atendidos pelos guarda-vidas.
“O Litoral Sul de Santa Catarina é menos recortado e mais exposto aos ventos, facilitando o transporte de águas-vivas para a praia. A inclinação da costa e a forma retilínea da região contribuem para os altos índices de ocorrências, diferentemente do Litoral Norte, que possui uma geografia mais protegida”, esclarece o doutor em Ciências e professor Charrid Resgalla Jr., da Escola Politécnica da Univali.
Além disso, o alto número de banhistas nas praias influencia o aumento de casos, pois essas ocorrências só são registradas quando as vítimas relatam os incidentes. As ocorrências são registradas pelos guarda-vidas a cada vez que é prestado atendimento a uma vítima de lesão. Sendo assim, a corporação atua no socorro e na prevenção a novos casos, indicando onde alguém avistou uma água-viva com a bandeira lilás na praia. Estes locais sinalizados devem ser evitados.
O que fazer
Ao sentir ardência ou visualizar a água-viva, saia imediatamente do mar, informam os bombeiros. Procure o posto de guarda-vidas e avise os profissionais. O indicado é não usar água doce, urina ou outros líquidos no ferimento. A urina é contraindicada porque sua acidez pode aumentar a sensação de queimadura e causar infecções devido à presença de bactérias. Lave apenas com água salgada e solicite vinagre no posto de guarda-vidas. Ele é cientificamente comprovado para aliviar os sintomas.
Afogamentos
Além das lesões causadas por água-viva, no período de 11 a 17 de fevereiro foram registrados 111 salvamentos por afogamento e e duas mortes por afogamento, ocorridas em áreas distantes dos postos de guarda-vidas. Além destes casos, 10 óbitos estão sob investigação, para averiguação da real causa da morte.
Diário do Sul