Mais de 75 milhões de aves estão alojadas nas áreas afetadas
O impacto das recentes enchentes no Rio Grande do Sul está preocupando a indústria avícola do estado, alertou o engenheiro agrônomo Juarez Morbini em entrevista ao Portal Agrolink.
Com o Rio Grande do Sul posicionado como o terceiro maior produtor de frangos de corte do país, as preocupações estão aumentando à medida que os principais municípios de produção, incluindo Nova Bréscia, Boa Vista do Sul, Estrela, Farroupilha, Encantado, Teutônia, Caxias, Salvador, Roca Salles, Montenegro, Carlos Barbosa, sofrem os efeitos devastadores das enchentes.
Mais de 75 milhões de aves estão alojadas nessas áreas afetadas, afirmou Morbini. “Isso representa cerca de 30 milhões de aves produzidas mensalmente, demandando aproximadamente 150 mil toneladas de ração para sustentar a produção de peso adequado para abate.”
As estradas interrompidas estão exacerbando a situação, dificultando o transporte de frangos para fora das granjas e a entrega de rações. Morbini alertou que a incapacidade de acessar esses locais de produção pode levar a uma crise iminente na indústria avícola do estado.
“Estamos enfrentando um problema muito sério. Não apenas em alojar, transportar e abater os animais, mas também em garantir o fornecimento contínuo de alimentos e insumos essenciais”, pontuou Morbini.
Diante desses desafios, produtores e autoridades estão mobilizando esforços para mitigar os impactos das enchentes e restaurar a normalidade à indústria avícola do Rio Grande do Sul. No entanto, Morbini enfatizou que o caminho pela frente será árduo.
AGROLINK – Aline Merladete