Dia dos Avós: entenda como a relação deles com as crianças ajuda na educação dos pequenos

Laço entre gerações contribui para o desenvolvimento emocional, preserva memórias afetivas e fortalece a rede de apoio familiar

Celebrado em 26 de julho, sábado, o Dia dos Avós homenageia aqueles que representam a memória viva das famílias. Os avós exercem um papel fundamental na formação afetiva e educacional das crianças, sendo fontes de sabedoria, acolhimento e experiências que atravessam gerações. A data é uma referência ao dia de Santa Ana e São Joaquim, que segundo a tradição católica, foram avós de Jesus Cristo.

A relação entre avós e netos vai muito além do convívio carinhoso. É uma troca rica, que reforça laços afetivos, estimula a empatia e contribui para o desenvolvimento social e emocional dos pequenos. Em um mundo acelerado, os avós oferecem pausas afetivas, presença atenta e escuta generosa — elementos cada vez mais valiosos na criação das crianças.

Segundo a especialista em Psicologia Positiva e gestora da Escola Internacional de Alphaville, de Barueri/SP, Ana Claudia Favano, esse vínculo tem efeitos positivos para os dois lados: “A convivência com os avós favorece a autoestima e a segurança emocional das crianças, pois elas se sentem acolhidas e ouvidas. Para os avós, esse laço também é uma fonte de alegria e pertencimento, o que impacta diretamente na saúde emocional na terceira idade.” Estudo da Berlin Aging Study apontou que avós que cuidam dos netos apresentam 37% menos risco de morte do que pessoas na mesma faixa etária que não cuidam das crianças.

Cada família tem seu próprio arranjo, e os perfis de avós variam conforme personalidade, contexto e até geração. Alguns são mais ativos na rotina dos netos, outros preferem manter uma relação mais afetiva do que prática. Para a diretora da Escola Bilíngue Aubrick, da capital paulista, Fatima Lopes, existem muitos clichês relacionados aos avós, como por exemplo, que estão sempre dispostos a brincar e entreter os netos, ou que na casa deles tudo é permitido e os netos sempre têm acesso a comidas e doces proibidos pelos pais. “É importante que os pais e os próprios netos entendam que cada avô ou avó é único, com sua forma de demonstrar amor. Não há um modelo ideal de avô, e sim diferentes maneiras de se fazer presente.”

Além do afeto, os avós muitas vezes compõem a chamada rede de apoio familiar, oferecendo suporte prático no dia a dia — seja acompanhando os netos em compromissos, ajudando com os deveres escolares ou cuidando deles enquanto os pais trabalham. “Essa presença ativa permite que os pais contem com um apoio de confiança, e que a criança se sinta protegida em um ambiente de vínculo e continuidade”, destaca a coordenadora pedagógica do Brazilian International School – BIS, de São Paulo, Beatriz Martins. “Os avós, com sua experiência de vida, ajudam a construir uma base segura para os pequenos.”

Mesmo que a relação entre avós e pais e netos seja harmoniosa, não é incomum surgirem divergências entre as gerações, especialmente em relação ao estilo de criação imposto pelos pais. O equilíbrio entre experiência e atualidade é fundamental. “Palpites são inevitáveis, mas é essencial que haja escuta mútua e respeito pelas decisões parentais”, afirma a diretora do colégio Progresso Bilíngue de Santos/SP, Darlene Bocalini. “Quando os avós compreendem que o papel deles é o de apoio, e não de autoridade principal, essa relação tende a ser mais harmoniosa e benéfica para todos, especialmente para as crianças”, finaliza a docente.

As especialistas:

Ana Claudia Favano é gestora da Escola Internacional de Alphaville. É psicóloga; pedagoga; educadora parental pela Positive Discipline Association/PDA, dos Estados Unidos; e certificada em Strength Coach pela Gallup. Especialista em Psicologia da Moralidade, Psicologia Positiva, Ciência do Bem-Estar e Autorrealização, Educação Emocional Positiva e Convivência Ética. Dedicada à leitura e interessada por questões morais, éticas, políticas, e mobiliza grande parte de sua energia para contribuir com a formação de gerações comprometidas e responsáveis.

Beatriz Martins é educadora inquieta, apaixonada por gente e por transformação.

Atua há mais de 30 anos de atuação na educação, sendo 18 deles na liderança pedagógica, formando times, projetos e, principalmente, pessoas. Possui licenciatura plena pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Pós-graduação pelo Instituto Singularidades. Atualmente é coordenadora pedagógica no Brazilian International School (BIS)

Fatima Lopes é pós-graduada em Gestão Escolar, especialista em Bilinguismo e apaixonada pela área da Educação. De sua primeira formação, em Enfermagem, ela mantém o dom de cuidar das pessoas: gosta de se relacionar com alunos, pais e colegas, promovendo um ambiente de aprendizado colaborativo e acolhedor. Diz ter como missão contribuir para a formação integral dos estudantes, formando cidadãos mais conscientes e preparados para o futuro. É fundadora e diretora geral da Escola Bilíngue Aubrick, de São Paulo.

Darlene Bocalini é formada em Pedagogia, pós-graduada em Alfabetização e Letramento, Psicopedagogia e Educação Inclusiva. Atua há 34 anos na Educação, sendo 18 anos no Colégio Progresso. Ao longo de sua jornada como docente, coordenadora e diretora, acompanhou a vida escolar de milhares de crianças, buscando sempre estabelecer relações de parceria e cuidado com as famílias.

 

Imprensa – FSB Comunicação

Daniela Nogueira

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Vagner Lima

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