Criciúma registra aumento de casos de coqueluche

O Governo de Criciúma, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, lançou nesta sexta-feira (25) um alerta sobre a ocorrência de casos de coqueluche no município

Dois casos dentre nove suspeitos foram confirmados, os cinco restantes aguardam a confirmação, mas já estão sendo tratados em isolamento. Em todo o estado de Santa Catarina, o aumento registrado no último ano foi superior a 5.000%. A queda na procura pela vacina é apontada como a principal razão para o crescimento dos casos, registrados especialmente entre crianças de até um ano de idade.

“É muito importante alertar a população sobre essa doença, que pouco se ouvia falar nos últimos tempos. Já estamos planejando campanhas para fortalecer o cuidado e a prevenção com a coqueluche, para que chegue a toda população”, reforçou o prefeito em exercício, Ricardo Fabris.

Neste sábado (26), 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) estarão abertas, das 8h às 17h, para atualização do calendário vacinal, são elas: Metropol, Rio Maina, Wossocris, Boa Vista, Pinheirinho, Santa Luzia, São Sebastião, São defende, Quarta Linha, Centro, Próspera, Santa Bárbara e Mina do Mato. A vacina contra a coqueluche estará disponível para crianças, gestantes, trabalhadores da saúde, profissionais de creches, além de babás e domésticas. No entanto, as demais vacinas disponíveis também podem ser aplicadas.

De acordo com o secretário de Saúde de Criciúma, Deivid Freitas, a cobertura vacinal contra a coqueluche no município é de 73% para crianças menores de um ano e 68% para maiores de um ano de idade. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde (MS) é de 95% de cobertura. “Estamos vendo muitas doenças que estavam indicadas voltarem à tona, a coqueluche é uma delas. O estado de Santa Catarina não tinha registro dessa doença há dez anos, e agora temos mais de 100 casos e dois óbitos no estado. Por isso, é tão importante ressaltar a vacinação”, explicou Freitas.

A forma mais eficaz de prevenir a doença é por meio da vacina, que faz parte do Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS), disponível nas UBSs. O imunizante pentavalente (DTP/HB/Hib) é uma composição combinada que previne contra cinco doenças: difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B.

Confira o esquema vacinal para crianças:

– Aos 2, 4 e 6 meses de idade, a vacina pentavalente, que protege contra coqueluche, difteria, tétano, hepatite B e infecções causadas pela bactéria H. influenzae tipo B;

– Aos 15 meses, a vacina DTP, que reforça a proteção contra difteria, tétano e coqueluche;

– Aos 4 anos, a vacina DTP, que reforça a proteção contra difteria, tétano e coqueluche.

Demais grupos que podem receber o imunizante (dTpa):

– Gestantes, a partir da 20 semanas de gestação, com a vacina tríplice bacteriana acelular tipo adulto (dTpa);

– Profissionais de saúde, estagiários e parteiras tradicionais, considerando o histórico vacinal de difteria e tétano;

– Trabalhadores da saúde que atuam em serviços públicos e privados, em ginecologia e obstetrícia, parto e pós-parto, UTI, UCI neonatal, berçários e pediatria;

– Trabalhadores que atuam em escolas infantis, com atendimento de crianças até quatro anos de idade.

Sobre a Coqueluche

A coqueluche, conhecida como “tosse comprida” é uma infecção respiratória altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella Pertussis, que atinge as vias aéreas. Tem como principal sintoma crises de tosse seca e contínua. Em casos graves, a tosse passa de leve pra intensa, podendo comprometer a respiração. A infecção pode ocorrer em qualquer idade, mas se manifesta com mais frequência e intensidade em crianças abaixo de um ano e mais letal em crianças abaixo de seis meses.

Segundo a gerente de Vigilância em Saúde de Criciúma, Andréa Goulart, a adoção da quimioprofilaxia, estratégia de prevenção de doenças infecciosas, em pessoas com contatos próximos de casos suspeitos ou confirmados de coqueluche, visa prevenir a ocorrência de infecção grave em grupos de alto risco de desenvolver complicações e óbito pela doença.

“Os contatos próximos são também isolados, e esse isolamento precisa ir até o final da quimiprofilaxia. Então, enquanto o paciente estiver tomando antibiótico, ele precisa ficar totalmente isolado, pois essa doença é altamente contagiosa, mais do que a Covid-19”, explicou a gerente.

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