No próximo dia 17 de maio, Criciúma será palco de um importante evento voltado à saúde e à inclusão alimentar: a Caminhada de Conscientização sobre a Doença Celíaca e a 1ª Feira Sem Glúten de Criciúma. Promovidos pela Acelbra Criciúma e Região Sul Catarinense, em parceria com a Sociedade Catarinense de Gastroenterologia (SCG), os eventos acontecerão na Praça do Congresso, das 9h às 13h, e integram as ações nacionais do Maio Verde , também conhecido como Maio Celíaco, mês dedicado à conscientização sobre a doença celíaca. O Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca é celebrado em 16 de maio.
O principal objetivo da ação é informar a população sobre a doença celíaca, uma condição autoimune que afeta o intestino delgado e exige a exclusão total do glúten da alimentação, além de outras desordens relacionadas ao glúten, como a sensibilidade ao glúten não celíaca, a ataxia do glúten e a dermatite herpetiforme. Além da caminhada, o evento contará com uma feira que oferecerá produtos 100% sem glúten, com foco na segurança alimentar dos celíacos e na valorização de produtores regionais, destacando o empreendedorismo sem glúten da região. Até o momento, dez expositores estão confirmados.
“A conscientização é a base do diagnóstico precoce e da inclusão. Muitas pessoas ainda desconhecem a gravidade da doença celíaca e os riscos que o consumo de glúten representa para quem convive com ela. Essa campanha é um convite à empatia, à informação e ao cuidado coletivo”, destaca Fernanda de Oliveira, presidente da Acelbra Criciúma.
A médica Gabriele Braz, presidente da Sociedade Catarinense de Gastroenterologia, reforça a importância da campanha. “Durante o Maio Verde, destacamos a necessidade de conscientização sobre a doença celíaca, uma condição autoimune que provoca inflamação intestinal desencadeada pelo glúten, afetando a saúde e a qualidade de vida de milhares de brasileiros. Precisamos falar sobre diagnóstico precoce, tratamento adequado e acolhimento dos pacientes. Por isso, convidamos todos a participarem conosco do Dia D, em 17 de maio, na caminhada de conscientização e apoio à causa.”
A caminhada em Criciúma também integra o cronograma nacional de caminhadas promovidas pela Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG), com o objetivo de chamar a atenção para a importância do diagnóstico precoce e do suporte aos celíacos.
Caminhada partirá da Praça do Congresso em direção à Praça Nereu Ramos
Além das ações informativas e de conscientização no ponto de encontro e onde acontecerá a Feira Sem Glúten, a caminhada simbólica partirá em direção a Praça Nereu Ramos, pela rua Lauro Müller, e retornará a Praça do Congresso pela rua Coronel Pedro Benedet. Haverá distribuição de panfletos, troca de informações e brindes para os participantes. Esta é a primeira feira externa promovida pela Acelbra Criciúma, que já realizou três edições de encontros de celíacos no município.
A Caminhada de Conscientização sobre a Doença Celíaca e a 1ª Feira Sem Glúten de Criciúma são organizadas pela Acelbra Criciúma e Região Sul Catarinense, em parceria com a Sociedade Catarinense de Gastroenterologia (SCG), e contam com o apoio do Complexo Médico Provida, Clinigastro Hospital Dia e Unesc.
Taxas de diagnóstico de doença celíaca no Brasil ainda são baixas
A Campanha Maio Celíaco 2025 de Conscientização sobre a Doença Celíaca da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), tem como objetivo chamar atenção da sociedade para as baixas taxas de diagnóstico da doença celíaca no Brasil. Com o tema “Doença celíaca: diagnóstico salva vidas”, a entidade destaca a estimativa de que 80% das pessoas com doença celíaca no país ainda não sabem que têm a patologia.
A doença celíaca é uma doença autoimune, pode se desenvolver em qualquer idade e afeta homens e mulheres. Ela ocorre quando o sistema imunológico reage de forma anormal ao glúten (uma proteína encontrada no trigo, centeio, cevada e aveia), causando danos ao intestino delgado.
Quando indivíduos com doença celíaca comem glúten, as pequenas projeções (vilosidades) do intestino, semelhantes a dedos, ficam inflamadas e achatadas. Uma série de consequências graves para a saúde podem ocorrer se a doença não for diagnosticada e tratada adequadamente.
*Com informações de Fenacelbra
