Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba inicia diagnóstico do Rio Sangão

Membros do órgão e equipe técnica do ProFor Águas Unesc realizaram saída a campo para verificar atual situação do curso d’água, com foco nas áreas de preservação permanente 

Conhecer a atual situação dos mananciais é essencial para planejar e promover ações que possam contribuir ainda mais para o equilíbrio do meio ambiente. Com essa perspectiva, o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Rio Mampituba iniciou o diagnóstico do Rio Sangão. A partir de uma visita in loco, o secretário-executivo da diretoria e a equipe técnica do ProFor Águas Unesc – que presta suporte ao órgão – puderam compreender a realidade na qual o curso d’água está inserido, principalmente no que tange às áreas de preservação permanente (APPs).

A iniciativa integra a primeira parte de um dos projetos elencados para 2023, que também consiste em georreferenciar e categorizar as APPs, bem como elaborar o diagnóstico do uso e ocupação do solo. “O trabalho de campo serviu para conhecermos melhor as condições desta importante sub-bacia. Buscamos verificar desde as nascentes até o próprio trajeto do manancial. Tivemos um olhar atento às margens, verificando a presença ou ausência das matas ciliares”, explica o secretário-executivo do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, Maurício Thadeu Fenilli de Menezes.

Levantamento inicial

Nesta etapa inicial, realizou-se um diagnóstico preliminar, por meio da identificação das principais nascentes e afluentes do manancial, bem como um levantamento acerca de seu estado atual. Na percepção do coordenador geral do ProFor Águas Unesc, Carlyle Torres Bezerra de Menezes, por mais que a maior parte do trajeto esteja em condições ruins, em termos de indicadores de qualidade, com o esforço de diversos segmentos a situação pode ser revertida. “A união do poder público, iniciativa privada e mobilização da sociedade, pode conseguir mudar essa realidade, por meio da revitalização”, frisa.

Desta forma, após a conclusão das outras duas fases, o Comitê conseguirá realizar um diagnóstico completo para subsidiar futuros projetos de conservação e revitalização dos recursos hídricos. “A realização desta análise é um passo importante para a continuidade das pesquisas. Pois conseguiremos, a partir dos resultados, buscar mais melhorias para os nossos mananciais”, afirma o secretário-executivo do Comitê.

A importância da preservação

As áreas de preservação permanente desempenham um papel fundamental na produção de água e na recarga dos aquíferos, além de sua atuação para a proteção do solo contra a erosão hídrica e laminar, na redução da quantidade de sedimentos, na prevenção do assoreamento dos rios e lagoas. “Foi muito bonito ver algumas nascentes preservadas e algumas matas ciliares cumprindo sua função ecológica. Mas, ao mesmo tempo, também nos deparamos com segmentos do curso d’água fortemente contaminados e degradados”, destaca o secretário-executivo.

Iniciativa escolar

Na região, uma iniciativa já corrobora para o futuro do rio. Alunos e professores da Escola Judite Duarte de Oliveira, situada no Bairro Sangão, em Criciúma (SC), elaboraram diversos projetos em prol do manancial. “As ações simbolizam a esperança da comunidade local em poder ver novamente o curso d’água com vida”, evidencia o coordenador geral do ProFor Águas Unesc.

Texto: Catarina Bortolotto

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