Brasil ainda precisa “despertar” para os benefícios da Eficiência Energética

ABESCO cobra mais políticas públicas para maior difusão do tema.

Em tempos onde o tema “mudança climática” está cada vez mais em alta, falar em Eficiência Energética é fundamental. O assunto é tão importante para o futuro do planeta, que no próximo dia 05, é celebrado o Dia Mundial da Eficiência Energética, data onde o Brasil e o mundo devem fazer uma reflexão sobre a importância de utilizar os recursos energéticos de forma inteligente e sustentável. Muito mais que destacar a necessidade de se conservar energia, é preciso reconhecer a importância do papel que a Eficiência Energética tem, já que ela é a fonte mais barata para o consumidor, além de ser peça-chave na preservação dos recursos naturais e na sustentabilidade, visando as próximas gerações.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), Bruno Herbert, o debate sobre Eficiência Energética está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico e socioambiental, pois promove o uso racional da energia, reduzindo desperdícios e custos de operação para consumidores e empresas.

Ele explica que ao adotar tecnologias mais eficientes, ocorre a redução do custo da eletricidade para indústrias e consumidores finais, aumentando, de quebra, a produtividade e tornando possível que as empresas invistam em inovação e expansão. “Quanto à questão socioambiental, a redução do consumo de energia diminui a necessidade da construção de novas usinas termelétricas, reduzindo a emissão de gás carbônico, por exemplo”, comenta Herbert, ao explicar que para a população, a Eficiência Energética pode ser vista por meio das contas de luz mais baratas, melhor iluminação e conforto térmico. “Nas cidades, por exemplo, a modernização da iluminação pública por meio da Eficiência Energética, eleva a qualidade de vida das pessoas.”

Cenário brasileiro

Nas duas últimas décadas, o consumo de energia nas residências ficou 20% mais eficiente, graças a políticas para disseminação de equipamentos mais modernos, como geladeiras, aparelhos de ar-condicionado e lâmpadas de LED. No entanto, para o presidente da ABESCO, embora o Brasil tenha grande potencial para avanços em Eficiência Energética, ainda enfrenta desafios não apenas estruturais, como também regulatórios. Ele explica que o País conta com diversos investimentos e iniciativas na área, mas a implantação em larga escala ainda é reduzida por fatores como falta de incentivos maiores e também o pouco conhecimento da população e do setor produtivo sobre os benefícios da Eficiência Energética. “Hoje, o Brasil possui programas como o Procel, que fomenta a Eficiência Energética em residências e indústrias. Além disso, o setor elétrico tem investido por meio do Programa de Eficiência Energética da ANEEL para incentivar a redução do consumo, a substituição de equipamentos nas residências, comércios e indústrias, iluminação pública, entre outros”, relata, ao comentar que bancos e instituições financeiras estão oferecendo linhas de crédito para projetos de Eficiência Energética, principalmente por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e programas de eficiência em concessões públicas. “Precisamos de políticas públicas mais agressivas para acelerar a adoção da Eficiência Energética em diferentes setores. Além disso, com o baixo engajamento de empresas e consumidores, muitos negócios ainda a enxergam como custo, e não como investimento a longo prazo e, embora haja linhas de crédito, muitas empresas enfrentam barreiras para acessá-las”, afirma Herbert.

Incentivo

Para promover e difundir a Eficiência Energética, a ABESCO promove diferentes ações, entre elas fóruns e eventos. Destaque para o Congresso Brasileiro de Eficiência Energética (COBEE), que neste ano ocorrerá entre os dias 27 e 28 de outubro, em São Paulo, SP. O evento reunirá especialistas, empresas e formuladores de políticas públicas para discutir tendências e desafios do setor. “A ABESCO também estimula a criação de cursos e treinamentos para profissionais da área e atua junto ao governo para desenvolver incentivos e a criação de leis, como a Lei no 15.103/25, sancionada em janeiro desse ano, que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (PATEN). Também promove campanhas educativas e trabalha em parceria com o setor privado para implementar projetos de Eficiência Energética em larga escala. O fato é que falar sobre Eficiência Energética, é falar sobre o futuro”, atesta.

Sobre a ABESCO

Fundada em 1997, a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (ABESCO), entidade civil sem fins lucrativos, representa oficialmente o segmento de Eficiência Energética brasileiro. Composta por empresas de diversas áreas, a ABESCO busca fomentar e promover ações e projetos para o crescimento do mercado de Eficiência Energética, atividade que busca proporcionar meios para se produzir mais com a menor quantidade de energia.

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Agência RS

Helena Geraldes – [email protected] 

Fernando Inocente – [email protected]

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