Audiência pública em Orleans reforça debate sobre classificação de tabaco nas propriedades rurais

O Salão Comunitário do Barracão, em Orleans, foi palco nesta quinta-feira (14) de um encontro decisivo para o futuro da cadeia produtiva do tabaco em Santa Catarina. Agricultores, lideranças do setor, representantes de regiões produtoras e autoridades, incluindo o deputado federal Rafael Pezenti, se reuniram para discutir o Projeto de Lei nº 10/2023, que propõe a possibilidade de classificação do tabaco diretamente nas propriedades rurais, mediante solicitação do fumicultor.

Audiência pública em Orleans reforça debate sobre classificação de tabaco nas propriedades ruraisA audiência pública, promovida pela Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia e Inovação da Assembleia Legislativa, foi solicitada pelo deputado estadual Volnei Weber (MDB), relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O parlamentar destacou que a intenção é ampliar o diálogo antes da votação definitiva, prevista para ocorrer após ajustes no texto. “Queremos garantir mais transparência e justiça no processo de classificação, valorizando o trabalho de mais de 65 mil famílias catarinenses que dependem do fumo para viver”, afirmou Weber.

O projeto, de autoria do deputado Sargento Lima (PL), determina que, quando solicitado, a análise da qualidade do tabaco seja feita na propriedade rural, com custos assumidos pelas empresas compradoras. A medida elimina despesas extras de transporte e, em caso de divergência, prevê arbitragem por terceiros sem ônus para o produtor.

Durante o evento, Volnei Weber anunciou que vai apresentar uma emenda substitutiva ao texto, em concordância com o deputado estadual Sargento Lima, autor do referido projeto de lei, com medidas para garantir mais clareza e segurança para os agricultores. Entre as mudanças propostas estão:

  • Fornecimento prévio, por meio físico ou eletrônico, de tabela de classificação acompanhada de imagens ilustrativas e linguagem clara.
  • Definição de que o valor pago terá como referência mínima a tabela de preços da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), podendo ser ajustado conforme a classificação obtida.
  • Registro do peso, classificação e valor acordado em documento assinado pelo produtor e pelo representante da empresa no ato da negociação.
  • Responsabilidade das empresas compradoras pelos custos e materiais necessários para a classificação na propriedade rural.
  • Garantia de transparência quando a classificação for feita no estabelecimento da empresa, permitindo que o produtor acompanhe presencialmente o processo, tenha acesso em tempo real aos dados e possa recorrer à arbitragem imediata e gratuita em caso de discordância.

Levantamentos da Afubra mostram a importância econômica do setor no estado: Santa Catarina é o segundo maior produtor de tabaco do Brasil, responsável por 20% da produção nacional. Na safra 2023/2024, foram colhidas 150,3 mil toneladas, gerando faturamento de R$ 3,4 bilhões. Orleans se destacou como o maior produtor do Sul catarinense, com 3.365 toneladas colhidas em 1.669 hectares, envolvendo 579 famílias.

Ao final, agricultores reforçaram que a descentralização da classificação é uma reivindicação antiga, vista como essencial para equilibrar a relação entre produtores e empresas compradoras, garantindo mais autonomia e condições justas de negociação.

Fonte da Pauta | Luciana Pons |  Comunicação do Deputado Volnei Weber

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