Atlas da Violência 2025 aponta que mortes no trânsito cresceram 6,8% em seis anos

Neste Maio Amarelo, a oftalmologista Camila Moraes alerta que diversas doenças oculares podem interferir na qualidade da visão sem que sejam percebidas

Enxergar com nitidez, em diferentes condições de luminosidade, é primordial para conduzir um veículo de forma responsável. O motorista deve observar a sinalização, os pedestres e os outros meios de transporte que trafegam ao seu redor, para que possa agir prontamente caso ocorra uma situação adversa.

A Dra Camila Moraes, oftalmologista do Hospital de Olhos de Pernambuco, o HOPE, alerta que “no trânsito, tomar a decisão correta de forma rápida diante de um imprevisto faz toda a diferença para evitar um acidente e salvar vidas. É importante que o motorista tenha uma boa visão para poder identificar essas situações de risco”.

Os sinistros de trânsito, eventos que muitas vezes poderiam ter sido evitados, causaram a morte de 34.881 brasileiros em 2023, quase mil a mais que no ano anterior. Em 2018, foram 32.655 óbitos, sendo que no período de seis anos, o número de casos aumentou 6,8%. Os dados são do Atlas da Violência 2025, que acaba de ser divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) e que pela primeira vez traz informações sobre a mortalidade no transporte terrestre.

De acordo com o documento, Roraima registrou o maior aumento na taxa de mortes no trânsito no período, de 66,3%. Em seguida aparece o Amapá, com avanço de 35,9%, seguido da Bahia, com 30,1%. Já o estado de Pernambuco teve crescimento de 4,6% e São Paulo de 7,7%, enquanto no Rio de Janeiro houve redução de 2,9% na mortalidade no trânsito, entre 2018 e 2023.

Nas rodovias federais, a quantidade de pessoas mortas em acidentes aumentou 10% em 2024, em comparação ao ano anterior, para 6.610. Informações da Polícia Federal, divulgadas pelo Portal do Trânsito, mostram que foram registrados ao todo 73.121 acidentes no ano passado nas estradas federais e a análise das causas indica que a desatenção foi responsável por 42% das ocorrências.

“A atenção no trânsito depende, em grande parte, da visão e diversas doenças oculares podem interferir na acuidade visual sem que sejam percebidas. Pode acontecer, por exemplo, de um olho compensar a perda de visão do outro ou de a doença evoluir de forma lenta e só causar sintomas quando estiver em estágio avançado”, explica a oftalmologista.

Entre as enfermidades que avançam sem apresentar sintomas visíveis na fase inicial estão o glaucoma, a retinopatia diabética, a degeneração macular relacionada à idade e a catarata. “Essas doenças em suas fases mais precoces podem afetar apenas a capacidade de visão noturna ou qualidade de visão periférica, sintomas que geralmente passam despercebidos pelo motorista, mas de extrema importância na agilidade do reflexo e na visão de detalhes”, complementa a Dra Camila Moraes.

Realizar consultas oftalmológicas ao menos uma vez por ano e sempre que surgir alguma alteração é a melhor forma de garantir o diagnóstico precoce dessas doenças e manter os cuidados com a saúde ocular, para poder conduzir veículos com segurança.

Fonte: Sig Eikmeier/[email protected]

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