Alunos de Criciúma exploram patrimônio cultural em museu de Orleans

Estudantes dos 6º e 7º Anos da escola municipal Padre José Francisco Bertero participaram de uma atividade educativa no Museu ao Ar Livre Princesa Isabel, em Orleans

O passeio de estudos ocorreu na manhã desta sexta-feira, dia 31. O guia Marco Antonio Mazon conduziu o grupo para conhecer os espaços como o salão comunitário, a capela, o engenho de farinha de mandioca, a estrebaria, casa do colono, a cantina de vinho, o galpão dos meios de transporte, o engenho de açúcar, o alambique, a serraria, a marcenaria, a oficinas artesanais, a atafona para moagem de milho, o descascador de arroz, moagem de cereais, ferraria e o monjolo de quatro pilões. “Este museu é um importante referencial cultural da região. O museu preserva a herança cultural das indústrias rurais tradicionais que antigamente eram movidas por força hidráulica e animal. Ele foi idealizado pelo padre João Leonir Dall´Alba após a catastrófica enchente de março de 1974 e inaugurado em agosto de 1980”, explicou Mazon.

A professora de História, Vânia Romancini de Souza, trabalhou o tema relacionado ao feudalismo em sala de aula. Ela explicou sobre o feudalismo, um sistema socioeconômico e político predominante na Europa durante a Idade Média entre os séculos V ao XV. A característica deste sistema foi a descentralização do poder e a divisão da sociedade em três principais grupos como, a nobreza, o clero e os camponeses. No feudalismo, o rei concedia terras aos nobres em troca de lealdade e serviços militares. Os senhores feudais governavam suas terras de forma autônoma e ofereciam proteção aos camponeses, que, em troca, trabalhavam na terra e produziam alimentos. “Esse sistema era baseado na autossuficiência econômica e na dependência mútua entre os diferentes grupos sociais, com uma hierarquia rígida e relações pessoais de lealdade e serviço. “Meu objetivo no museu é mostrar que nossos antepassados também tinham seu modo de ser autossuficientes construindo suas moradias, gerando energia, construindo ferramentas e trabalhando cooperativamente. Eles tiveram a oportunidade de observar como as comunidades se organizavam economicamente, garantindo sua própria subsistência por meio de atividades como agricultura, artesanato e criação de animais”, concluiu Vânia.

No grupo de 41 estudantes, apenas três deles conheciam o museu. Os olhos curiosos tentavam entender os espaços e os objetos que viam para registrar no caderno as novas descobertas. Arthur da Silveira de Oliveira e Kauan Bergmann da Cruz prestaram muita atenção no jeito que construíam as casas e como cortavam os troncos para fazer tábuas. “Percebi que nas moradias tinha cama, armário, berço, um montão de pratos e até rádio. Eu pensava que eles não eram avançados o suficiente para chegar no rádio”, comentou Kauan.

Os estudantes ficaram impressionados com o tamanho e as engrenagens de uma trilhadeira. A professora Ana Lúcia Pintro explicou que aquela máquina era utilizada para debulhar o milho que o pai colhia nas roças de Jaborá, no oeste catarinense. Mostrou que de um lado são colocadas as espigas, depois as engrenagens separam as palhas e os sabugos dos grãos, estes caem numa calha que há na parte do meio dentro de latas que servem para recolher as sementes. E também contou que quando era criança, ela ajudava segurando os sacos de ráfia abertos para que um adulto despejasse os grãos de milho. Naquela época poucos agricultores tinham uma trilhadeira, em tempos de colheita os vizinhos colaboravam um com o outro, emprestando e auxiliando no trabalho.

 

Ana Lúcia Pintro

Professora Matemática (Criciúma e Cocal do Sul)

Acadêmica de Jornalismo (SATC)

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