Ações para gestão compartilhada da Bacia do Rio Mampituba são discutidas entre Comitês

Integração dos Comitês Araranguá e Afluentes do Mampituba e do Rio Mampituba auxilia na elaboração de projetos em prol dos recursos hídricos da região

As ações para gestão compartilhada do Rio Mampituba, que fica localizado na divisa entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, têm sido tema de reuniões entre a presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Araranguá e Afluentes do Mampituba, Eliandra Gomes Marques e a presidente do Comitê do Rio Mampituba, Maria Elisabeth Rocha. A integração tem sido fundamental para elencar os desafios acerca da gestão de recursos hídricos na bacia do rio Mampituba, além de apresentar estratégias para solucioná-los frente às emergências climáticas. Assim, buscando garantir sua conservação e preservação integral e evitando a perda dos recursos.

O último encontro aconteceu em 30 de agosto, no município de Torres (RS), e dentre os assuntos debatidos, esteve o planejamento estratégico do Comitê Araranguá e Afluentes do Mampituba, sendo que a participação do Comitê do Rio Grande do Sul nesse processo se mostra bastante oportuna; além dos projetos em desenvolvimento e da possibilidade de compartilhar ações e eventos conjuntos. Por fim, também entraram na pauta os conflitos existentes na Bacia do Mampituba, que já estão sendo tratados com os órgãos competentes, como a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e da Economia Verde (SEMAE-SC) e a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul (SEMA-RS).

“A gestão compartilhada entre os Comitês é relevante, especialmente pelo fato de estarmos atuando em uma mesma bacia, a do Rio Mampituba. Quando diferentes territórios, no nosso caso são estados, compartilham o mesmo corpo hídrico, as ações coordenadas tornam-se essenciais para garantir a gestão eficiente e sustentável dos recursos hídricos, assegurando que as necessidades de todos os usuários sejam atendidas de forma equilibrada. Também a gestão integrada permite que os desafios e conflitos sejam enfrentados de maneira conjunta, considerando as peculiaridades de cada região, mas sempre com uma visão holística e cooperativa. Esse trabalho colaborativo também fortalece o diálogo entre os Comitês e outras instituições envolvidas, como a ANA, SEMAE, SEMA, promovendo soluções mais eficientes e duradouras para a preservação da bacia hidrográfica em questão”, argumenta Eliandra.

Na mesma linha, a presidente do Comitê gaúcho evidencia a necessidade dessa parceria para o aprimoramento dos trabalhos. “Esses encontros são importantes como forma de troca de experiência para que o trabalho seja mais efetivo, no sentido de apropriação de conhecimentos. Somente assim, podemos nos atualizar e, consequentemente, atualizarmos as plenárias sobre os andamentos dos assuntos pertinentes às demandas dos Comitês”, pontua.

 

Texto: Lucas Sabino

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