Moradores das comunidades de Lageado, São Luiz e Sanga do Lageado, entre Tubarão e Treze de Maio, estão mobilizados contra a possível instalação de uma empresa privada de mineração na região. A principal preocupação é com a preservação das nascentes que abastecem residências e pequenas propriedades locais, além dos impactos ambientais que a atividade pode causar sobre o solo, o ar, a fauna e a flora.
Segundo o vereador Matheus Madeira, de Tubarão, representantes das comunidades procuraram o Legislativo em busca de apoio para impedir o avanço do projeto. Uma reunião com o vice-prefeito de Tubarão, Denis Matiola, secretários municipais e o próprio vereador já foi realizada para tratar do assunto.
De acordo com Matheus, a empresa interessada protocolou junto à Agência Nacional de Mineração (ANM) um pedido de estudo de viabilidade de exploração na área. “Se for constatada a viabilidade, a empresa poderá obter autorização para realizar a mineração e, para isso, também fazer a desapropriação de terrenos. Essa é uma das preocupações dos moradores também”, destaca o vereador.
Ele explica que o subsolo é de propriedade da União, o que limita a atuação direta do município sobre o uso do território. “O que fiz foi protocolar um requerimento junto à ANM pedindo que, antes de qualquer aprovação, seja realizada uma audiência pública, para que os moradores possam apresentar suas preocupações e explicações”, afirma.
Abaixo-assinado
Como forma de pressionar pela realização da audiência e demonstrar a insatisfação, os moradores organizaram um abaixo-assinado, que já ultrapassa 1,5 mil assinaturas. No último domingo, eles montaram um ponto de coleta em frente à igreja do Lageado e exibiram faixas com mensagens de protesto. Enquanto aguardam um posicionamento da ANM sobre o pedido de audiência pública, as comunidades prometem manter a mobilização e buscar novos apoios institucionais para garantir a preservação da região.
Diário do Sul




