Um caso grave de abuso sexual contra uma criança de 10 anos chocou moradores de um condomínio de classe média em São José, na Grande Florianópolis. O crime, ocorrido na noite de quarta-feira (10), foi flagrado por câmeras de segurança instaladas há menos de um mês no prédio. O suspeito, o ex-professor de educação física D.A.G, de 60 anos, conhecido como “Pipoca”, foi preso em flagrante.
De acordo com as imagens entregues à Polícia Civil, o homem aparece beijando a criança na boca, acariciando-a e, em seguida, entrando com ela em um banheiro do salão de festas. Eles permaneceram no local por cerca de um minuto e meio. Antes, a menina havia ido até o espaço pedir um pedaço de pão durante um encontro de vizinhos.
Logo após o abuso, a vítima correu para casa e contou o que havia acontecido aos pais. O pai da menina confirmou à polícia que, ao revisar o sistema de segurança do condomínio, constatou a ação do vizinho.
Após deixar o salão de festas, o suspeito saiu do local em seu veículo. Ele foi localizado pouco depois no bairro Barreiros por equipes da Polícia Militar e conduzido à delegacia. A prisão foi decretada em audiência de custódia realizada na quinta-feira (11).
A mãe da vítima relatou que o homem era bastante ativo na comunidade, participava de projetos sociais e residia no condomínio com a esposa e o filho, que deixaram o local após o episódio. A família da criança está abalada e receberá acompanhamento psicológico.

Histórico de denúncias
Esta não foi a primeira vez que D.A.G foi alvo de acusações. Em 2010, uma estudante do Instituto Estadual de Educação já havia denunciado assédio por parte dele, alegando que o professor costumava dirigir comentários de cunho sexual a alunas e chegou a agir de forma agressiva com adolescentes.
Figura conhecida no esporte catarinense
Além da atuação como professor, D.A.G era uma figura conhecida no judô catarinense. Em 2024, foi homenageado pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina pelos 40 anos de dedicação ao esporte. Ele também organizava eventos sociais, entre eles o Floripa Diversity Games, criado em 2006 com o objetivo de promover inclusão e diversidade através do esporte.

Investigação em andamento
O caso foi registrado como estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de 8 a 15 anos de reclusão. A Polícia Civil segue investigando o caso e apura se há outras vítimas.
O nome do condomínio não foi divulgado para preservar a identidade da menor, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O portal Agora Floripa segue acompanhando o andamento do inquérito e buscará atualizações sobre o caso.