Em um país em que mais de 40% da população vive abaixo da linha da pobreza, com cerca de 83 milhões de pessoas passando fome, o desafio de vencer a falta de comida fez uma nutricionista desenvolver cubos de caldo de carne e promover uma verdadeira revolução alimentar na Nigéria, na África.
Os cubos contêm ferro, vitamina B12, ácido fólico e até zinco. Com eles inseridos na alimentação, as crianças estão “abastecidas” de proteínas e vegetais.
Graças ao projeto da nutricionista Ladidi Kuluwa Bako-Aiyegbusi, os cubos de caldo chegaram a quase 100% das casas não só na Nigéria, como Senegal e Camarões.
Como conseguiu
Bako-Aiyegbusi espera ver as taxas de desnutrição, nanismo e distúrbios do desenvolvimento relacionados à desnutrição começarem a diminuir no país, após os cubinhos alimentares que desenvolveu.
Com mais de três décadas de experiência, a nutricionista, que é diretora-chefe do departamento de nutrição do Ministério da Saúde e Bem-Estar Social da Nigéria, aliou o conhecimento e o apoio de parceiros para desenvolver o projeto.
Com ajuda da Agência de Administração e Controle de Alimentos e Medicamentos da Nigéria, e de empresas do setor privado, a nutricionista supervisiona o programa dos pequeníssimos cubinhos de carne, que são fontes ricas de micronutrientes capazes de nutrir as crianças, mesmo que elas nem sempre consigam comer o suficiente.
Mais influentes do mundo
Há anos a nutricionista faz o que pode para ajudar o seu povo. Ela coordenou campanhas nacionais de comunicação para surtos como Ebola, Febre de Lassa e Covid-19, a revitalização do Fórum Nacional de Promoção da Saúde e trabalhou na reformulação do logotipo nacional de Planejamento Familiar.
Bako-Aiyegbusi, por causa do trabalho que desenvolve na Nigéria, está na lista das pessoas mais influentes do mundo em 2025, organizada pela revista Time.
Na Nigéria, a desnutrição está associada a 45% das mortes de crianças menores de 5 anos, o impacto é imenso.
De acordo com um novo relatório da Fundação Bill & Melinda Gates, essa estratégia dos cubinhos alimentares tem potencial para prevenir até 16,6 milhões de casos de anemia infantil.
Por: Só Notícia Boa
