Transtornos de ansiedade: uma preocupação da atualidade

SINTOMAS ISOLADOS NÃO CARACTERIZAM UM TRANSTORNO DE ANSIEDADE!

A ansiedade possui causas e características variadas e peculiares, das quais pode ser influenciada por diversos fatores, entre eles, genéticos, psicológicos, experiências de vida, doenças físicas, uso de substâncias, fatores de personalidade, estresse, demandas da vida profissional além de fatores sociais.

            Caracterizada principalmente por uma preocupação antecipatória sobre eventos futuros que possam ou não ocorrer, a ansiedade manifesta-se como uma resposta emocional a incertezas, o que tende a ativar em nosso cérebro mecanismos de defesa que nos auxiliam para lidar com o desconhecido.

            Atualmente o Brasil ocupa uma posição alarmante no cenário mundial: é o país com mais casos de ansiedade no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade, representando cerca de 9,3% da população, podendo ser considerado um problema de saúde pública.

            Primeiramente precisamos entender que a ansiedade é um sentimento humano necessário e esperado frente às situações, que funciona como um sinal de alerta e que desencadeia mecanismos de defesa ou proteção de forma suportável e passageira. Devemos então, considerar que: SINTOMAS ISOLADOS NÃO CARACTERIZAM UM TRANSTORNO DE ANSIEDADE!

Daiane de Lisboa de Oliveira, psicóloga da Unimed Personal. (Foto: arquivo pessoal)

            Entretanto, a ansiedade patológica desencadeia respostas inadequadas e frequentes diante de situações ou estímulos que paralisam o indivíduo ou fazem agir de forma caótica, que ocasionam dificuldades de adaptação frente às situações e ao ambiente. Os principais sintomas que caracterizam uma patologia são a ansiedade e o medo, os quais apresentam-se desproporcionais à situação vivenciada e interferem diretamente na qualidade de vida e no equilíbrio pessoal, impedindo ou gerando grande dificuldade em realizar ações normais de seu cotidiano.

            Vem acompanhada dos seguintes sintomas: preocupações e medos excessivos; visão irreal de problemas, seguidos de pensamentos catastróficos; inquietação ou sensação de estar sempre “nervoso”; irritabilidade; tensão muscular; dores de cabeça; taquicardia; sudorese; dificuldade em manter a concentração; náuseas ou queimação no estômago; necessidade de ir ao banheiro com frequência, sem causa orgânica; fadiga e sensação de cansaço constante; dificuldade para dormir ou manter-se acordado; surgimento de tremores e espasmos; ficar facilmente assustado. Além disso, há uma tendência em evitar contextos que representem perigo, necessidade de controle, perfeccionismo, preocupação excessiva com o futuro e sensação de não viver o presente.

            O tratamento está relacionado a mudança no estilo de vida, busca pelo autoconhecimento e autocontrole das emoções, possível através de psicoterapia com psicólogo; prática de exercício físico no mínimo três vezes na semana; alimentação saudável, evitando alimentos industrializados e cafeína; evitando consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e/ou outras drogas; tendo uma rotina organizada; desenvolvendo práticas de Mindfulness ou atenção plena, para estar no momento presente da maneira mais consciente; não se comparar; utilizando-se de técnicas de respiração; encontrando momentos de lazer e prazer; tendo um hobbie; praticando higiene do sono, evitando telas principalmente duas horas antes de dormir; estabelecendo vínculos afetivos com pessoas que façam sentir-se bem; utilizando medicação para manejo de sintomas mais exacerbados com orientação médica.

Deisy Parnof, psicóloga da Unimed Personal. (Foto: arquivo pessoal)

            É necessário olhar para dentro e analisar como estão suas emoções, comportamentos e ações, relacionamentos, funções, demandas de trabalho, papéis e rotina pois, vínculos de afeto estão se perdendo, há cada vez mais competição por produtividade, falta de comunicação, dificuldade em desacelerar e de expressar sentimentos, o que, por sua vez, vem trazendo prejuízos para a saúde mental.

            A maioria das pessoas começam a se sentir melhor e retoma suas atividades depois de algumas semanas de tratamento, por isso é importante procurar ajuda profissional especializada. O diagnóstico precoce e preciso, um tratamento eficaz e o acompanhamento por um prazo longo, são imprescindíveis para obter-se melhores resultados e menores prejuízos.

Fonte | MB Comunicação Empresarial/Organizacional/Jornalista Responsável – Marcos A. Bedin

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