Websérie “Negritude em Criciúma” resgata histórias e memórias da população negra

As memórias e os relatos abordam temas como ancestralidade, luta, resiliência e a contribuição cultural das famílias negras.

A websérie “Negritude em Criciúma: Resgatando Memórias e Trajetórias”, que começou a ser produzida em janeiro de 2025, promete trazer uma nova perspectiva sobre a história da população negra na cidade. A iniciativa foi contemplada no edital de chamamento público nº 01/2024/FCC e é produzida por meio de recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), Lei nº 14.399/2022.

Composta por cinco episódios, o trabalho expande e aprofunda o projeto anterior “Negritude em Criciúma: A Contribuição do Clube dos Morenos na Representatividade do Povo Negro na Região Carbonífera”, produzido no ano passado com foco nas histórias das primeiras famílias negras que chegaram a Criciúma ao destacar as trajetórias de resistência e contribuições para a construção social, cultural e econômica da cidade.

Por meio de entrevistas com descendentes, relatos históricos e interações com a comunidade, a websérie resgatará memórias esquecidas e visa ainda transformar a maneira como a população enxerga a própria identidade. “Os episódios não apenas recontam histórias de resistência, mas também celebram a importância da cultura afro-brasileira e promovem o reconhecimento das raízes que moldaram a cidade. As memórias e os relatos abordam temas como ancestralidade, luta, resiliência e a contribuição cultural das famílias negras que, ao longo das décadas, desempenharam um papel essencial na formação de Criciúma”, relata o idealizador e coordenador do projeto, Marciano Alves.

A iniciativa de valorização da memória negra entregará o acervo do Museu Afro-Brasil-Sul (MabSul) e serão disponibilizados ao Centro de Memória e Documentação (Cedoc), da Unesc, além de integrar o Programa Municipal da Diversidade Étnico Racial (PMEDER).

“Além da relevância histórica e cultural, a websérie será exibida em espaços estratégicos de Criciúma, como a Sociedade Recreativa União Operária, a Unesc e o Centro Comunitário do bairro Cristo Redentor, que permitirão a imersão da comunidade nos temas abordados. Esses locais, de grande importância na história da população negra da cidade, se tornam palco de discussões e exibições que reforçam a valorização da identidade negra e a importância do respeito e da inclusão”, salienta Alves.

“O apoio de instituições culturais e educativas, como a Unesc, por meio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) e o PMEDER, garante que o projeto tenha um impacto profundo e duradouro, não apenas no presente, mas no futuro, com a produção de novos conteúdos que seguirão documentando e celebrando a contribuição da população negra para a formação de Criciúma. Em um movimento de longo prazo, o projeto busca fortalecer o senso de pertencimento e autoestima da comunidade negra local ao promover orgulho renovado de suas raízes e legados”, acrescenta.

 

Colaboração:  Marciano Bortolin

Últimas notícias

Mais de oito mil casos de síndromes respiratórias

O frio chegou com força e, com ele, o...

Obras de Willy Zumblick passam por higienização

Durante os últimos 45 dias, sete obras do Museu...

Árbitro Orleanense participa da equipe de arbitragem em um jogo de voleibol internacional

Em Criciúma, Seleção Brasileira de novos de vôlei vence...

Notícias Relacionadas