Enchentes no RS impactam produção de proteínas animais

Enchentes no RS têm causado sérios transtornos para a produção de proteínas animais

As recentes enchentes no Rio Grande do Sul têm causado sérios transtornos para a produção de proteínas animais no estado, conforme aponta o relatório do Radar Agro do Itaú BBA. O impacto é expressivo nas cadeias produtivas de avessuínos e bovinos, bem como na produção de leite, colocando em risco o abastecimento e exportação dessas proteínas.

O Rio Grande do Sul, responsável por 11% da produção nacional de aves e 17% da produção de suínos em 2023, enfrenta desafios com a paralisação de plantas frigoríficas devido às enchentes. Na última semana, cerca de dez plantas frigoríficas suspenderam suas atividades, embora até o dia 10 de maio, apenas duas permaneciam fechadas. A interrupção no funcionamento das plantas frigoríficas afeta diretamente o fluxo de embarques e a oferta de proteínas na região.

A logística das granjas, fundamental para o recebimento de animais para engorda e ração, bem como o escoamento dos produtos finais, foi severamente comprometida. A recuperação dessas vias de acesso, mesmo que parcialmente por rotas alternativas, será crucial para mitigar as perdas na produção. No entanto, o reestabelecimento completo das estradas e acessos ainda deve demorar, e a dimensão das perdas nos rebanhos permanece incerta, especialmente com mais chuvas previstas nos próximos dias.

Na bovinocultura de corte, o Rio Grande do Sul contribuiu com 5% da produção nacional de carne bovina em 2023. O atual ciclo pecuário brasileiro, caracterizado pelo descarte de fêmeas e alta disponibilidade de gado, juntamente com o pico de safra nos próximos meses, sugere que não haverá um aumento significativo nos preços da carne bovina em outras regiões, apesar dos problemas enfrentados no sul do país.

A produção de leite no Rio Grande do Sul, que captou pouco mais de 3 bilhões de litros em 2023, foi a quarta maior do país. As enchentes afetaram gravemente a coleta diária de leite, que depende de energia elétrica para o resfriamento e da logística para transporte. Com as estradas comprometidas e falta de eletricidade, muitos produtores foram prejudicados. Além disso, pastagens danificadas e perdas de animais irão reduzir ainda mais a produção estadual, forçando a saída de mais produtores da atividade.

Embora o impacto das enchentes seja significativo para os produtores do Rio Grande do Sul, o impacto nacional tende a ser limitado. Outros estados deverão suprir a redução na produção de proteínas animais do RS. No entanto, a recuperação da infraestrutura e a assistência aos produtores locais são essenciais para minimizar os prejuízos e garantir a retomada da produção.

AGROLINK – Aline Merladete

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