Índia é oportunidade para feijão brasileiro

Especialista avalia essas oportunidades

As leguminosas, conhecidas como Dal na Índia, são uma parte essencial da culinária tradicional indiana, frequentemente consumidas com pão de trigo (Dal-Roti) ou arroz (Dal-Chawal), segundo G. Chandrashekhar, economista, editor sênior e comentarista de política. Ele é especialista global em agronegócios e mercados de commodities da Índia.

A Índia começou a importar leguminosas há mais de quarenta anos para atender à crescente demanda interna, com volumes de importação variando ao longo do tempo devido à produção nacional e mudanças na política comercial. “Com o aumento da renda e da pressão populacional, os volumes de importação de leguminosas cresceram substancialmente desde meados dos anos 2000. O maior volume de importação, de 6,6 milhões de toneladas, foi observado em 2016-17. A partir de 2017-18, a produção doméstica aumentou e os volumes de importação diminuíram. A intervenção do governo na forma de cotas e tarifas foi uma razão para o menor volume de importação”. comenta.

Nesse contexto, o clima está começando a afetar a agricultura indiana em geral e as leguminosas em particular. Nos últimos três anos, a produção de leguminosas da Índia enfrentou desafios principalmente devido ao clima. “Para enfrentar o déficit de oferta, o governo indiano liberalizou parcialmente a importação de leguminosas. A importação de ervilha (tur/arhar), feijão mungo preto (urad) e lentilha (masur) é permitida até março de 2025”, completa.

“O Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE) tomou a iniciativa de se envolver com a Índia para as leguminosas. Devo elogiar a entidade comercial e sua liderança por terem feito bons progressos nos últimos dez anos. O potencial é muito maior e deve ser explorado. Para começar, a IBRAFE pode tentar maximizar a exportação de leguminosas como feijão de olho preto, feijão de olho marrom, feijão-caupi, entre outros, para os quais não há restrições de importação na Índia. O feijão carioca terá um bom mercado na Índia, mas  deve ser testado na Índia quanto às suas propriedades culinárias e aceitação pelo consumidor”, indica.

Uma sugestão foi uma marca brasileira para o mercado indiano. “Gostaria de ver marcas brasileiras de leguminosas nos pontos de venda no varejo indiano em breve. Além disso, o Brasil pode mirar consumidores institucionais, como restaurantes de alta gastronomia, catering aéreo, refeitórios industriais e estabelecimentos similares”, conclui.

 

Fonte: AGROLINK – Leonardo Gottems

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