Na manhã desta quarta-feira (20), um cenário triste chamou a atenção na Praia de Jurerê, em Florianópolis. Um total de 136 pinguins-de-Magalhães foram encontrados mortos na faixa de areia. A ocorrência mobilizou a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS/R3 Animal), que recolheu os animais para evitar riscos de contaminação a pessoas e também a animais domésticos.
Todos os pinguins já estavam em avançado estado de decomposição, o que impossibilita identificar a causa exata da morte. Segundo técnicos do projeto, essa situação é comum nesta época do ano, quando a espécie migra da Patagônia Argentina em busca de águas mais quentes e maior oferta de alimentos. Durante a longa viagem, muitos acabam chegando ao litoral catarinense debilitados.
As mortes atingem principalmente os indivíduos mais jovens, que, por falta de experiência, se perdem do grupo e não conseguem encontrar alimento suficiente. Muitos chegam às praias com sinais de afogamento e hipotermia. Também é comum o registro de interações não intencionais com redes de pesca, o que agrava a situação.
Somente neste ano, até o dia 20 de agosto, já foram 1.132 pinguins registrados em praias de Florianópolis. Desse total, apenas 79 estavam vivos no momento do resgate e foram encaminhados para reabilitação no Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal), localizado no Parque Estadual do Rio Vermelho. A expectativa é que os encalhes continuem acontecendo até outubro.
O trabalho faz parte do PMP-BS, exigência do licenciamento ambiental federal conduzido pelo Ibama, relacionado às atividades da Petrobras na Bacia de Santos. Além do resgate e monitoramento, o projeto também reforça a orientação para que a população acione as equipes sempre que encontrar animais marinhos debilitados ou mortos.
📞 Os contatos para acionamento são: 0800 642 3341 ou (48) 3018-2316.
O portal Agora Floripa segue acompanhando a situação e trará novas informações sobre os impactos dessa temporada de migração no litoral catarinense.
Fonte da Pauta | Agora Floripa